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Covid-19: SNS com capacidade para realizar 2.500 testes diários e privados 1.500

O Serviço Nacional de Saúde tem, neste momento, capacidade para realizar 2.500 testes diários e o setor privado mais 1.500 testes por dia, avançou hoje o secretário de Estado da Saúde.

23 de Março de 2020 às 16:24
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"No entanto, existe uma capacidade em stock entre público e privado de cerca de 20 mil testes", afirmou António Lacerda Sales na conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (covid-19), na qual esteve presente a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Segundo António Sales, tem vindo "a aumentar progressivamente" a capacidade de realizar testes à infeção pelo novo coronavírus (SARSCov2).

O secretário de Estado agradeceu ainda o trabalho realizado pelas autarquias locais e pelos autarcas do país que "se têm voluntariado no sentido de criar condições para a testagem ao coronavírus".

"Este é o tempo de cerrarmos fileiras, de cada um fazer a sua parte, e não devemos esquecer que todos devemos ter o nosso plano de contingência", sublinhou.

O número de mortes associado à covid-19 subiu hoje para 23 e os casos de infeção para 2.060, mais 460 que no domingo, segundo dados DGS.

António Sales salientou que, quando já estão em vigor as regras dos "tempos excecionais" que se vivem, e "numa altura em que a sociedade se vai adaptando, de uma maneira geral de uma forma muito positiva a essa realidade, importa lembrar que as medidas de emergência (...) visam garantir a saúde pública".

"Servem para evitar que os portugueses adoeçam, ou quando não o conseguirmos, para evitar pelo menos que não adoeçam todos ao mesmo tempo de forma a que o sistema de saúde consiga dar respostas nas melhores condições possíveis", referiu.

Para o governante, todo este tempo que se ganha serve para que o Ministério da Saúde continue a trabalhar na aquisição de equipamentos que garantam a prestação de cuidados nas melhores condições de segurança, quer para profissionais de saúde quer para doentes.

A diretora-geral da Saúde acrescentou, por seu turno, que os portugueses têm que entender que a aquisição de equipamentos de proteção individual, de testes, de reagentes, de zaragatoas "é exatamente" como logística alimentar em suas casas, só que se vai comprar ao mercado internacional, aos grandes fornecedores.

"Nós vamos ao mercado, vamos às compras todos os dias, todas as semanas, e, portanto, quando chegarmos ao fim desta onda epidémica vamos ter milhões e milhões de máscaras gastas, milhões e milhões de respiradores FP2 gastos, milhões e milhões de zaragatoas gastas", adiantou Graça Freitas.

"O que nós temos numa semana, dá para essa semana", mas existe um stock de segurança para o caso de haver uma emergência que depois é reposto.

Graça Freitas explicou que é o que se faz com as vacinas, com os medicamentos, com o oxigénio ou com a insulina.

"Nós não temos armazéns enormes com todas as vacinas necessárias, compramos para um determinado período, temos um stock de segurança e voltamos a comprar", sustentou.

Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de Saúde.
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