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1,4 milhões de portugueses não usam o SNS

O número foi dado esta terça-feira no Parlamento pelo ministro Adalberto Campos Fernandes que diz que no final do próximo ano será possível ficar próximo da "cobertura plena" em termos de médicos de família. Para já, anunciou, há mais 3.800 médicos no SNS.

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27 de Setembro de 2016 às 11:25
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Dos cerca de 10.124.000 utentes que estão inscritos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), há 1,4 milhões que não utilizam os serviços públicos de saúde, afirmou esta terça-feira, 27 de Setembro, o ministro da Saúde. Adalberto Campos Fernandes, que está no Parlamento, na Comissão de Saúde, explicou que "os números estão ainda em validação", mas que é possível identificar este conjunto de utentes que "manifestam intenção de não usar o SNS porque têm outra cobertura qualquer".

 

Por outro lado, diz o ministro, este ano "estamos historicamente perante o maior número de colocações de médicos e de outros profissionais", pelo que a expectativa é que este ano seja possível que mais 500 mil utentes passem a ter médico de família. "Com os novos médicos que se vão formar, mais do que os que se aposentam, podemos chegar ao final do próximo ano muito próximo da cobertura plena, que será atingida no final da legislatura", afirmou.

 

O ministro disse aos deputados que que no último ano entraram para o SNS mais 3.800 profissionais de saúde. Destes, cerca de um milhar são médicos e os restantes enfermeiros. Por outro lado, mais 2.000 médicos concluíram o seu internato e foi dada autorização para que uma centena de médicos aposentados regressassem ao trabalho no SNS.

 

10 mil novos computadores para Lisboa e Vale do Tejo

O ministro insistiu por várias vezes que o Executivo tem a "responsabilidade de repor rendimentos" e que esse "investimento nas pessoas" tem "muita importância". Reconhecendo que o Governo anterior não teve como fazer investimento, Adalberto Campos Fernandes afirmou que serão necessários cerca de 800 milhões de euros para repor as necessidades de investimento identificadas no SNS. Se por agora o país tem de se "libertar do procedimento por défice excessivo", o ministro acredita que até ao final da legislatura será possível avançar com o investimento necessário na Saúde.

 

Para já, no entanto, "em três anos que faltam para a legislatura, temos obrigação de ir acudindo" às necessidades mais imediatas, pelo que, anunciou o ministro, será feito nas próximas semanas um "reforço intensivo de equipamentos informáticos ao nível dos médicos de família em Lisboa e Vale do Tejo", com vista, sobretudo, a resolver problemas que têm sido detectados com as receitas electrónicas. O reforço significará a colocação de 10 mil novos computadores a distribuir pelas diversas unidades da área de Lisboa e Vale do Tejo.

  

O Governo, garantiu também o ministro, está a contratualizar com entidades públicas e do 3º sector, para que se possam fazer mais exames. "Mais e mais barato". Adalberto Campos Fernandes deixou aos deputados um documento onde elenca as medidas já tomadas pelo Executivo no qual se conclui, afirmou, que estão cumpridas 66% das responsabilidades assumidas no programa do Governo. 

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