Os 230 novos deputados ao Parlamento, eleitos a 4 de Outubro, reuniram-se esta sexta-feira, 23 de Outubro, pela primeira vez no hemiciclo da Assembleia da República. Trata-se da 13ª legislatura, um número porventura irónico, sendo certo que se trata, também, de uma das mais agitadas do ponto de vista político.

Uma vez que a anterior presidente, Assunção Esteves, não foi eleita, foi preciso nomear um presidente a título interino. Seguindo a praxe parlamentar, que manda que essa tarefa seja entregue ao deputado mais velho, Alberto Martins, do PS, subiu à tribuna para presidir aos trabalhos até à eleição do novo presidente, que deverá ocorrer durante a tarde de hoje.

Os deputados chegaram ao Parlamento a partir das nove, para cumprir as formalidades iniciais. Era preciso preencher documentos, tratar dos seguros, do passaporte e da licença de porte de arma, e todos tiverem de preencher informação biográfica. Mesmo os repetentes, que no início de cada legislatura, têm de actualizar todos os dados biográficos.

A sessão inicial estava marcada para as dez da manhã e os deputados cedo encheram o hemiciclo. Muitas caras novas, alguns regressos, outras que há muitos anos se repetem, num clima animado e bem-disposto, que pouco deixava transparecer do clima político dos últimos tempos.

António Costa chegou perto das dez e cumprimentou efusivamente as várias bancadas, incluindo as do PSD e do CDS-PP.

Luís Montenegro, líder do partido com mais deputados, abriu os trabalhos para indicar o presidente interino e a mesa provisória, constituída por Duarte Pacheco, do PSD e Rosa Albernaz, do PS.

Os trabalhos foram entretanto interrompidos para que uma comissão eventual, também eleita hoje, proceda à verificação de poderes dos deputados eleitos, assegurando, nomeadamente, a inexistência de incompatibilidades.

Os trabalhos serão retomados esta tarde, pela 15:00, para eleição do futuro presidente do Parlamento, nesta 13ª legislatura.