É a primeira vez que uma grande manifestação coincide com uma missão da troika, neste caso para realizar a sétima avaliação ao programa de ajustamento. Por causa disso, a polícia está a tomar precauções adicionais. De acordo com o “Sol”, a PSP está a planear medidas e itinerários alternativos para evitar que a missão da troika se encontre com os manifestantes.

Os acontecimentos dos últimos dias, com manifestações frequentes contra membros do Governo, obrigaram a polícia a colocar-se em alerta máximo. O semanário conta que a polícia teme que, no rescaldo da manifestação de amanhã haja acções hostis por parte de grupos radicais. Especialmente no Terreiro do Paço, onde termina o percurso da manifestação, por ser um local onde se concentram diversos ministérios (mais notoriamente o das Finanças).

Os técnicos da troika costumam ficar alojados no Ritz e, para se deslocarem para reuniões no ministério das Finanças, atravessam o Marquês de Pombal e a Avenida da Liberdade, precisamente o percurso escolhido pelo colectivo “Que se lixe a troika” para, em Lisboa, protestar contra as medidas impostas pelos credores internacionais, que resgataram o País.

Parlamento começa a ser "cercado" às 15h00

As autoridades esperam que o 2 de Março seja uma mistura de 15 de Setembro de 2012 – data de uma das maiores manifestações de sempre – com o 14 de Novembro, dia da greve geral, em que houve confrontos graves frente ao Parlamento.

Além da manifestação, vai haver, amanhã, um cerco ao Parlamento, agendado para as 15h00.