Notícia
Sócrates afirma que Sérgio Moro foi juiz "indigno" e é político "medíocre"
"As palavras produzidas [por Sérgio Moro] confirmam o que já se sabia do personagem: Como juiz, indigno; como político, medíocre; como pessoa, lamentável", apontou o antigo primeiro-ministro
24 de Abril de 2019 às 15:56
O antigo primeiro-ministro José Sócrates acusou o ministro brasileiro da Justiça, Sérgio Moro, de ter sido um juiz "indigno" e de ser um político "medíocre" e uma pessoa "lamentável", considerando que desrespeita "princípios básicos do Direito".
Este ataque consta de uma nota enviada à agência Lusa pelo antigo líder dos socialistas portugueses e surge na sequência de uma polémica originada por declarações proferidas na segunda-feira, em Lisboa, pelo ministro brasileiro, que, enquanto juiz, foi responsável pela Operação Lava Jato e pela prisão do antigo chefe de Estado do Brasil Lula da Silva.
Na segunda-feira, Sérgio Moro identificou uma dificuldade institucional, tanto no Brasil, como em Portugal, no sentido de a justiça fazer avançar processos de corrupção contra individualidades políticas, como o antigo primeiro-ministro português.
José Sócrates reagiu poucas horas depois, caracterizando Sérgio Moro como "um ativista político disfarçado de juiz".
Confrontado com esta acusação de José Sócrates, o ministro brasileiro da Justiça e da Segurança Pública respondeu: "Não debato com criminosos".
Para José Sócrates, esta polémica com Sérgio Moro tem apenas "um mérito".
"As palavras produzidas [por Sérgio Moro] confirmam o que já se sabia do personagem: Como juiz, indigno; como político, medíocre; como pessoa, lamentável", apontou o antigo primeiro-ministro português entre 2005 e 2011.
Na nota enviada à agência Lusa, José Sócrates considera que "é impossível ler a declaração do ministro da Justiça brasileiro sem um esgar de repugnância".
"Ela põe em causa os princípios básicos do direito e da decência democrática. Não, nunca cometi nenhum crime nem fui condenado por nenhum crime. Não posso aceitar ser condenado sem julgamento, muito menos por autoridades brasileiras", escreve.
Na Europa, segundo o antigo secretário-geral do PS, conhece-se bem "o ovo da serpente", assim como "o significado das palavras de agressão, de insulto e de violência política".
"Conhecemos o significado dos discursos governamentais que celebram golpes militares, defendem a tortura e recomendam o banimento dos adversários políticos", referiu também José Sócrates, aqui numa alusão à extrema-direita brasileira.
Já num recado destinada a meios políticos nacionais, José Sócrates adverte que se conhece igualmente "o significado do silêncio daqueles que assistem a tudo isto como se nada fosse com eles".
Este ataque consta de uma nota enviada à agência Lusa pelo antigo líder dos socialistas portugueses e surge na sequência de uma polémica originada por declarações proferidas na segunda-feira, em Lisboa, pelo ministro brasileiro, que, enquanto juiz, foi responsável pela Operação Lava Jato e pela prisão do antigo chefe de Estado do Brasil Lula da Silva.
José Sócrates reagiu poucas horas depois, caracterizando Sérgio Moro como "um ativista político disfarçado de juiz".
Confrontado com esta acusação de José Sócrates, o ministro brasileiro da Justiça e da Segurança Pública respondeu: "Não debato com criminosos".
Para José Sócrates, esta polémica com Sérgio Moro tem apenas "um mérito".
"As palavras produzidas [por Sérgio Moro] confirmam o que já se sabia do personagem: Como juiz, indigno; como político, medíocre; como pessoa, lamentável", apontou o antigo primeiro-ministro português entre 2005 e 2011.
Na nota enviada à agência Lusa, José Sócrates considera que "é impossível ler a declaração do ministro da Justiça brasileiro sem um esgar de repugnância".
"Ela põe em causa os princípios básicos do direito e da decência democrática. Não, nunca cometi nenhum crime nem fui condenado por nenhum crime. Não posso aceitar ser condenado sem julgamento, muito menos por autoridades brasileiras", escreve.
Na Europa, segundo o antigo secretário-geral do PS, conhece-se bem "o ovo da serpente", assim como "o significado das palavras de agressão, de insulto e de violência política".
"Conhecemos o significado dos discursos governamentais que celebram golpes militares, defendem a tortura e recomendam o banimento dos adversários políticos", referiu também José Sócrates, aqui numa alusão à extrema-direita brasileira.
Já num recado destinada a meios políticos nacionais, José Sócrates adverte que se conhece igualmente "o significado do silêncio daqueles que assistem a tudo isto como se nada fosse com eles".