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Senado dos EUA absolve Donald Trump de acusação de abuso de poder

Depois de duas semanas de discussão à volta dos dois artigos pelo qual o presidente norte-americano era acusado, maioria republicana absolveu Trump do crime de abuso de poder. Apenas um senador republicano, Mitt Romney, votou a favor da destituição.

05 de Fevereiro de 2020 às 21:29
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O Senado dos Estados Unidos da América absolveu esta quarta-feira Donald Trump da acusação de abuso de poder.

Como esperado, a maioria republicana votou contra a desituição do presidente norte-americano, com apenas um senador - Mitt Romney, pelo estado de Utah - a aprovar o impeachment a Trump, ao lado de democratas. A votação contou com 52 votos a considerarem Trump "culpado" e 48 a considerarem o presidente norte-americano "inocente". O Senado irá votar de seguida o segundo artigo pelo qual Trump é acusado, o de obstrução ao Congresso.

A decisão acontece no dia a seguir ao discurso de Trump do Estado da União, que decorreu na noite de terça-feira, e termina assim o processo de destituição que foi 
levantado em dezembro passado pela oposição democrata. Ao todo, foram quase duas semanas de discussão à volta dos dois artigos pelo qual o presidente norte-americano é acusado devido às alegadas pressões junto do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para que este investigasse a atividade da família de Joe Biden, rival na corrida à Casa Branca.

Com maioria republicana no Senado, com 53 senadores contra 47 democratas, Trump seria destituído apenas no caso de uma maioria significativa - mais de 67 votos. Se este fosse considerado culpado por uma das duas acusações, o veredicto do Senado levaria à sua demissão - algo inédito na história dos EUA, já que os outros dois processos de destituição absolveram Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998.

Antes da votação, o senador de Utah e antigo candidato presidencial Mitt Romney anunciou que iria votar na condenação de Trump pela acusação de abuso de poder, tornado-o no primeiro republicano a apoiar a destituição do presidente norte-americano do seu cargo.

Nas alegações finais, esta semana, os democratas insistiram na versão de que Trump abusou do cargo, ao pressionar o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a investigar a atividade da família de Joe Biden, rival democrata, junto de uma empresa da Ucrânia envolvida num caso de corrupção, e que tentou perturbar a investigação pela Câmara de Representantes.

A equipa de advogados do Presidente voltou ao argumento de que não houve pressão junto de nenhum líder estrangeiro (invocando mesmo declarações de Zelensky nesse sentido) e disse que o Presidente atuou sempre em função do interesse público, preocupado com o alastrar da corrupção na Ucrânia, negando igualmente qualquer ato de obstrução ao Congresso.

Ao longo do processo, Donald Trump tem repetido que tudo não passa de uma "caça às bruxas" destinada a prejudicar a sua campanha para reeleição nas presidenciais de novembro próximo.

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