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Rui Rio: Situação "não é muito diferente de guerra" e "é preciso dar um abanão para ver se governo entra na linha"
"Portugal vive uma situação dramática. A situação que Portugal vive não é muito diferente de uma guerra", pelo que temos de estar "unidos enquanto nação" e garantir o "cumprimento das regras", disse Rui Rio.
O PSD está de acordo com a decisão anunciada hoje pelo primeiro-ministro de fechar todas as escolas por 15 dias, considerando que esta só peca por tardia e que o Governo não a adotou antes porque o sistema de ensino não está preparado para o regresso às aulas não presenciais.
Numa declaração efetuada esta tarde e muito crítica do Governo, Rui Rio disse ter um "lamento muito grande" de que "se feche as escolas e os alunos vão ter uma situação pior do que em abril, pois agora não vão ter aulas à distância".
"Já percebemos porque não fechou as escolas e só o fez agora com a pressão da opinião pública. Não o fez porque tinha consciência de que não estava preparado para o fazer. Isto tem de ser dito", disse.
Rui critica o "desgoverno" do Executivo de António Costa, tendo por várias vezes classificado desta forma a atuação do governo. "É de lamentar o desgoverno em que o país tem andado", disse Rio, apesar de reconhecer que o "trabalho do governo não é nada fácil" e por isso "tenho poupado nas críticas".
"Tenho feito isso em nome do interesse nacional", mas "não pode continuar assim", pois "não se inspira confiança nas pessoas" numa altura em o SNS está a "rebentar pelas costuras".
"É preciso dar um abanão para ver se o governo entra na linha, pois assim Portugal não vai vencer esta batalha, da forma como poderia vencer, ou seja, mais cedo do que aquilo que vai acontecer", afirmou o líder do PSD.
Depois de criticar o não adiamento das eleições presidenciais e de apelar ao voto neste domingo, Rio fez depois um apelo aos portuguesas para que cumpram as regras do estado de emergência.
"Portugal vive uma situação dramática. A situação que Portugal vive não é muito diferente de uma guerra", pelo que temos de estar "unidos enquanto nação" e garantir o "cumprimento das regras".
"Não nos interessa a cor do governo. A obrigação de todos nós é cumprir" e lutar "contra o inimigo comum", ficando em casa e só sair quando for mesmo necessário, concluiu Rio.