Notícia
Rio Rio: Primeiro-ministro "deu a mão à palmatória" e deu razão ao PSD
Rui Rio questiona "se os ministros saem pelo seu próprio pé, de certa forma descontentes com aquilo que é Orçamento do Estado para 2019(...) ou se saem por vontade exclusiva do primeiro-ministro."
14 de Outubro de 2018 às 20:13
O presidente do PSD, Rui Rio, disse este domingo, 14 de Outubro, que ao fazer esta remodelação governamental, o primeiro-ministro "deu a mão à palmatória" e reconheceu aquilo que vem dizendo o PSD nas áreas da Defesa, da Saúde e da Cultura.
"Esta remodelação assenta nas áreas em que o PSD tem feito as suas principais críticas ao Governo. Nessa medida, significa que o primeiro-ministro acaba por reconhecer aquilo que nós temos dito, de certa forma", afirmou Rui Rio.
Em conferência de imprensa, no Porto, o líder o PSD, deu o exemplo do Ministério da Defesa, no qual considera que a gestão feita pelo Governo nunca foi ao encontro do prestígio das Forças Armadas.
"Quer no caso de Tancos, quer no caso do Colégio Militar, quer no caso da morte dos comandos e na forma como tudo isto foi gerido politicamente, nunca foi defendido o prestígio das Forças Armadas. Na Defesa, o país está pior hoje, do que estava há três anos atrás. E, portanto, há reconhecimento quanto à necessidade de mudar o ministro da defesa", defendeu.
No caso da Saúde, Rui Rio, voltou a repetir que também nesta área o país está pior do que há três anos, tal como demonstra a "notória" degradação dos serviços quer em termos humanos, quer de infraestruturas e investimento.
Já na Economia, o presidente do PSD, considerou que falta uma estratégia sustentada de médio e longo prazo, quando o que o país precisava era de um crescimento sustentável assente nas exportações e no crescimento.
"O crescimento que temos é um crescimento fraco, dos piores da Europa, arrastado pelas condições europeias e não pelas políticas públicas. E, portanto, na economia nós desperdiçámos três anos muito importantes. Na economia, nós não investimos, nós distribuímos", sustentou.
Na Cultura, acrescentou que, o passado fala por si: "três ministros em três anos, o que dá uma média de um ministro por ano, o que revela o desnorte do Governo relativamente ao setor".
Para o líder do PSD há, contudo, um Ministério que não foi remodelado apesar das críticas.
"Há estas quatro remodelações, mas não há remodelação do ministro da Educação. E, portanto, podemos tirar a conclusão que o primeiro-ministro entende que na Educação se não estão bem, pelo menos estão razoáveis. E nós sabemos que as coisas na Educação não estão bem. Se em todas as outras áreas o primeiro-ministro acaba por dar a mão à palmatória, na Educação não", considerou.
Rui Rio estranhou, contudo, o momento escolhido pelo Governo para esta remodelação que "é a maior deste 2011", e questionou se os ministros terão saído pelo seu próprio pé.
"No dia em que o Governo aprova a proposta do Orçamento do Estado, saem os ministros que a acabam de aprovar e entram os ministros que vão gerir aquilo que os outros que acabaram de sair desenharam", afirmou.
"Fica eventualmente a pergunta no ar, se os ministros saem pelo seu próprio pé, de certa forma descontentes com aquilo que é Orçamento do Estado para 2019(...) ou se saem por vontade exclusiva do primeiro-ministro", considerou.
O primeiro-ministro, António Costa, propôs hoje as exonerações dos ministros da Defesa, Azeredo Lopes, da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, e a sua substituição, respectivamente, por João Gomes Cravinho, Marta Temido, Pedro Siza Vieira e Graça Fonseca, propostas que foram aceites pelo Presidente da República - nomeações já aceites pelo Presidente da República.
Em termos de orgânica, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, passa a ser ministro do Ambiente e da Transição Energética, com a inclusão da secretaria de Estado da Energia na sua esfera de competências, que até agora pertencia ao Ministério da Economia.
O Presidente da República vai dar posse aos novos ministros da Defesa, Economia, Saúde e da Cultura na segunda-feira, às 12:00.
"Esta remodelação assenta nas áreas em que o PSD tem feito as suas principais críticas ao Governo. Nessa medida, significa que o primeiro-ministro acaba por reconhecer aquilo que nós temos dito, de certa forma", afirmou Rui Rio.
"Quer no caso de Tancos, quer no caso do Colégio Militar, quer no caso da morte dos comandos e na forma como tudo isto foi gerido politicamente, nunca foi defendido o prestígio das Forças Armadas. Na Defesa, o país está pior hoje, do que estava há três anos atrás. E, portanto, há reconhecimento quanto à necessidade de mudar o ministro da defesa", defendeu.
No caso da Saúde, Rui Rio, voltou a repetir que também nesta área o país está pior do que há três anos, tal como demonstra a "notória" degradação dos serviços quer em termos humanos, quer de infraestruturas e investimento.
Já na Economia, o presidente do PSD, considerou que falta uma estratégia sustentada de médio e longo prazo, quando o que o país precisava era de um crescimento sustentável assente nas exportações e no crescimento.
"O crescimento que temos é um crescimento fraco, dos piores da Europa, arrastado pelas condições europeias e não pelas políticas públicas. E, portanto, na economia nós desperdiçámos três anos muito importantes. Na economia, nós não investimos, nós distribuímos", sustentou.
Na Cultura, acrescentou que, o passado fala por si: "três ministros em três anos, o que dá uma média de um ministro por ano, o que revela o desnorte do Governo relativamente ao setor".
Para o líder do PSD há, contudo, um Ministério que não foi remodelado apesar das críticas.
"Há estas quatro remodelações, mas não há remodelação do ministro da Educação. E, portanto, podemos tirar a conclusão que o primeiro-ministro entende que na Educação se não estão bem, pelo menos estão razoáveis. E nós sabemos que as coisas na Educação não estão bem. Se em todas as outras áreas o primeiro-ministro acaba por dar a mão à palmatória, na Educação não", considerou.
Rui Rio estranhou, contudo, o momento escolhido pelo Governo para esta remodelação que "é a maior deste 2011", e questionou se os ministros terão saído pelo seu próprio pé.
"No dia em que o Governo aprova a proposta do Orçamento do Estado, saem os ministros que a acabam de aprovar e entram os ministros que vão gerir aquilo que os outros que acabaram de sair desenharam", afirmou.
"Fica eventualmente a pergunta no ar, se os ministros saem pelo seu próprio pé, de certa forma descontentes com aquilo que é Orçamento do Estado para 2019(...) ou se saem por vontade exclusiva do primeiro-ministro", considerou.
O primeiro-ministro, António Costa, propôs hoje as exonerações dos ministros da Defesa, Azeredo Lopes, da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, e a sua substituição, respectivamente, por João Gomes Cravinho, Marta Temido, Pedro Siza Vieira e Graça Fonseca, propostas que foram aceites pelo Presidente da República - nomeações já aceites pelo Presidente da República.
Em termos de orgânica, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, passa a ser ministro do Ambiente e da Transição Energética, com a inclusão da secretaria de Estado da Energia na sua esfera de competências, que até agora pertencia ao Ministério da Economia.
O Presidente da República vai dar posse aos novos ministros da Defesa, Economia, Saúde e da Cultura na segunda-feira, às 12:00.