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Rio recusa "gritos" e "guerra" ao Governo e não quer "balbúrdia" no país
O presidente do PSD recusou esta quarta-feira entrar em "quase guerra" com o Governo ou desatar aos "gritos" devido a falhas no plano de vacinação porque "o país não ganha nada se entrar tudo numa balbúrdia completa".
03 de Fevereiro de 2021 às 20:28
Num comentário no parlamento à demissão de Francisco Ramos de coordenador da 'task force" do plano de vacinação contra a covid-19, Rui Rio fez um apelo ao Governo, com "serenidade", para substituir o ex-secretário de Estado por um militar, minutos antes de ser noticiado, pela RTP e RR, o nome do vice-almirante Gouveia e Melo, apesar de não haver então uma confirmação oficial.
"Muita gente se dirige direta ou indiretamente a mim pedindo que haja gritos, que haja críticas, que haja quase guerra contra o Governo porque o Governo está a falhar. Temos de apontar as críticas, mas temos de manter a serenidade porque o país não ganha nada se entrar tudo numa balbúrdia completa", afirmou Rio, num tom de voz alto.
Rui Rio não acha que Costa está a trabalhar pouco, "o problema é a qualidade do trabalho".
O coordenador da 'task force' para o Plano de Vacinação contra a covid-19 em Portugal, Francisco Ramos, demitiu-se do cargo, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
Em comunicado, o Ministério esclareceu que a demissão de Francisco Ramos decorre de "irregularidades detetadas pelo próprio no processo de seleção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, do qual é presidente da comissão executiva".
Numa declaração enviada às redações, Francisco Ramos acrescentou que as irregularidades diziam respeito ao processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde daquele hospital.
O Ministério da Saúde indicou que o funcionamento da `task force´ "mantém-se assegurado pelos restantes membros do núcleo de coordenação", composto por elementos do Ministério da Defesa Nacional, Ministério da Administração Interna, Direção-Geral da Saúde e Autoridade Nacional do Medicamento.
A demissão ocorre numa altura em que são públicas diversas situações de vacinação indevida de várias pessoas em várias regiões do país e no dia em que arranca a vacinação em centros de saúde de idosos com 80 ou mais anos e de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, numa fase que abrange cerca de 900 mil portugueses.