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Ramalho Eanes diz ser "imperativo norteamento ético da sociedade"

O antigo presidente da República António Ramalho Eanes disse hoje ser "indispensável" e "imperativo" um "norteamento ético" da sociedade portuguesa, mais ainda nestes "tempos angustiantes".

Correio da Manhã
25 de Novembro de 2013 às 22:10
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"Considero imperativo o norteamento ético da nossa comunidade sempre e muito em especial nestes tempos angustiantes de crise de ruptura, dramática, como são os que afrontamos", defendeu hoje o antigo chefe de Estado, que falava em Lisboa durante uma homenagem a si prestada.

 

Na ocasião, o general sublinhou que "não há género nem propósito de qualquer acção política organizada a desenvolver quer no presente, quer no futuro" e decorrente da homenagem hoje prestada.

 

Dezenas de personalidades ligadas à política, mas também à economia e à sociedade civil marcaram presença na homenagem ao antigo Presidente da República Ramalho Eanes.

 

Nomes da política, como a antiga presidente do PSD Manuela Ferreira Leite, o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, o professor Eduardo Lourenço ou o fundador do CDS-PP, Adriano Moreira, foram alguns dos presentes na iniciativa, que decorreu no auditório da Associação Industrial Portuguesa, na antiga FIL.

 

A iniciativa de hoje serviu também para apresentar com maior detalhe o prémio Ramalho Eanes, que terá um valor de 50 mil euros, garantidos para a primeira edição, em 2014, criado com o objectivo de distinguir bianualmente personalidades ou instituições na área dos valores da cidadania.

 

A comissão cívica do testemunho público a Ramalho Eanes, que promove o prémio e a partir da qual deverá ser escolhido o júri, conta com mais de 90 personalidades, entre as quais os ex-presidentes da Assembleia da República Jaime Gama e Mota Amaral, o ex-ministro Bagão Félix, o histórico socialista Manuel Alegre, os empresários Belmiro de Azevedo e Henrique Granadeiro, os cientistas Alexandre Quintanilha e Sobrinho Simões, a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, os artistas plásticos Júlio Pomar e José de Guimarães, entre outros.

 

Ramalho Eanes foi Presidente da República entre 1976 e 1986. Foi o coordenador das operações militares de 25 de Novembro de 1975, que pôs fim à influência da extrema-esquerda desde o 25 de Abril de 1974 e, na prática, pôs fim ao PREC (Processo Revolucionário em Curso).

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