Notícia
PCP defende que entrada de Portugal no euro trouxe "consequências desastrosas" para Portugal
O dirigente comunista João Ferreira considera que "as promessas de melhoria dos salários e do poder de compra dos portugueses" foram "desfeitas pela realidade". Para o PCP, a adesão ao euro fez com que o crescimento económico nacional se reduzisse a "menos de um quarto".
31 de Dezembro de 2021 às 16:04
O comunista João Ferreira, membro da Comissão Política do partido, assinalou esta sexta-feira a entrada em circulação do euro há 20 anos, lembrando as "consequências desastrosas" que ainda se mantêm para o povo português.
Numa nota publicada na página oficial do partido na internet, o também vereador na Câmara de Lisboa refere que, "20 anos passados, a realidade desmente a propaganda e dá razão aos que, como o PCP, previram e preveniram para os impactos da adesão".
"No primeiro dia de 2022 passarão 20 anos desde que entraram em circulação as moedas e notas de euro. Portugal aderiu à moeda única três anos antes, em 1999, data em que formalmente deixou de ter uma moeda, um banco central, uma política monetária, financeira e cambial, independentes", sublinhou.
O numerário físico em euros, em vez de escudos, recordou, só foi introduzido no começo de 2002, sendo essa "data que os portugueses recordam melhor".
"Este é o tempo de recordar, entre outras, as promessas de melhoria dos salários e do poder de compra dos portugueses, de convergência com os países com salários mais elevados. Promessas desfeitas pela realidade, que nos trouxe, sim, a degradação dos salários e do poder de compra", acusou.
Segundo João Ferreira, em Portugal, o Governo PS não foi "além dos 705 de euros de salário mínimo até final de 2022", lembrando que na Alemanha o salário mínimo atingirá "dentro em breve os 2.000 euros".
"Em Portugal, o salário médio está pouco acima dos 1.000 euros. Quando lá fora, na Zona Euro, esse mesmo salário anda em média nos 1.900 euros. As consequências do euro foram, e continuam a ser, desastrosas para Portugal e para o povo português", sublinhou.
De acordo com João Ferreira, foram os governos PS, PSD e CDS que colocaram Portugal no euro e "atiram culpas uns aos outros, mas ocultam o seu compromisso comum com o euro e os danos que causou".
Depois de aderir ao euro, referiu o candidato pelo PCP às mais recentes eleições presidenciais, o crescimento económico nacional "reduziu-se a menos de um quarto".
"O euro trouxe recessão e estagnação, uma grande insuficiência de crescimento. O nosso país, como os outros, atravessou ciclos económicos e crises, mas a moeda única não o protegeu, bem pelo contrário, como se viu durante o período da 'troika'. Portugal não perdeu anos, perdeu décadas", acusou.
De acordo com comunista, o euro coloca Portugal "cada vez mais na cauda da Europa", em vez de colocar no "pelotão da frente, como anunciava a propaganda".
"Não houve convergência com a média europeia, muito menos com os países mais avançados, houve divergência. Portugal tornou-se um dos países que menos crescem no mundo", considerou.
Segundo João Ferreira, Portugal precisa de "libertar-se do euro, de uma moeda própria, ajustada à sua realidade e também às suas potencialidades, que promova o investimento, a modernização do aparelho produtivo, a diversificação do comércio externo, a eficiência dos serviços públicos, o aumento dos salários e a qualificação dos trabalhadores".
Para o PCP, acrescentou, os direitos, os salários, o desenvolvimento, a resposta aos problemas do povo e do país "sobrepõem-se às imposições externas".
Numa nota publicada na página oficial do partido na internet, o também vereador na Câmara de Lisboa refere que, "20 anos passados, a realidade desmente a propaganda e dá razão aos que, como o PCP, previram e preveniram para os impactos da adesão".
O numerário físico em euros, em vez de escudos, recordou, só foi introduzido no começo de 2002, sendo essa "data que os portugueses recordam melhor".
"Este é o tempo de recordar, entre outras, as promessas de melhoria dos salários e do poder de compra dos portugueses, de convergência com os países com salários mais elevados. Promessas desfeitas pela realidade, que nos trouxe, sim, a degradação dos salários e do poder de compra", acusou.
Segundo João Ferreira, em Portugal, o Governo PS não foi "além dos 705 de euros de salário mínimo até final de 2022", lembrando que na Alemanha o salário mínimo atingirá "dentro em breve os 2.000 euros".
"Em Portugal, o salário médio está pouco acima dos 1.000 euros. Quando lá fora, na Zona Euro, esse mesmo salário anda em média nos 1.900 euros. As consequências do euro foram, e continuam a ser, desastrosas para Portugal e para o povo português", sublinhou.
De acordo com João Ferreira, foram os governos PS, PSD e CDS que colocaram Portugal no euro e "atiram culpas uns aos outros, mas ocultam o seu compromisso comum com o euro e os danos que causou".
Depois de aderir ao euro, referiu o candidato pelo PCP às mais recentes eleições presidenciais, o crescimento económico nacional "reduziu-se a menos de um quarto".
"O euro trouxe recessão e estagnação, uma grande insuficiência de crescimento. O nosso país, como os outros, atravessou ciclos económicos e crises, mas a moeda única não o protegeu, bem pelo contrário, como se viu durante o período da 'troika'. Portugal não perdeu anos, perdeu décadas", acusou.
De acordo com comunista, o euro coloca Portugal "cada vez mais na cauda da Europa", em vez de colocar no "pelotão da frente, como anunciava a propaganda".
"Não houve convergência com a média europeia, muito menos com os países mais avançados, houve divergência. Portugal tornou-se um dos países que menos crescem no mundo", considerou.
Segundo João Ferreira, Portugal precisa de "libertar-se do euro, de uma moeda própria, ajustada à sua realidade e também às suas potencialidades, que promova o investimento, a modernização do aparelho produtivo, a diversificação do comércio externo, a eficiência dos serviços públicos, o aumento dos salários e a qualificação dos trabalhadores".
Para o PCP, acrescentou, os direitos, os salários, o desenvolvimento, a resposta aos problemas do povo e do país "sobrepõem-se às imposições externas".