Notícia
O percurso de Eduardo Ferro Rodrigues
Eduardo Ferro Rodrigues foi eleito esta sexta-feira, 23 de Outubro, presidente da Assembleia da República. Do movimento estudantil de resistência ao Estado Novo à liderança do PS, veja o percurso deste economista que agora chega ao segundo cargo mais alto na hierarquia do Estado.
- nasceu a 3 de Novembro de 1949 em Lisboa, estando quase a completar 66 anos de idade
- em 1972, licenciou-se em Economia no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, agora ISEG/UTL. Durante o período académico, torna-se activista contra a ditadura, tendo chegado a ser detido pela PIDE. Foi um dos fundadores do Movimento de Esquerda Socialista (MES)
- começou a carreira profissional como professor universitário e como técnico superior no Gabinete de Estudos Básicos de Economia Industrial (GEBEI) do Ministério do Plano
- em 1985 foi convidado por Mário Soares para integrar as listas do PS como deputado independente. Em 1986, um ano mais tarde, inscreve-se no Partido Socialista
- em 1995 é convidado por António Guterres para seu ministro do Trabalho e da Solidariedade, pasta que manteve até 2001, altura em que transitou para as Obras Públicas, Transportes e Comunicações para substituir Jorge Coelho, que se demitiu após a queda da ponte de Entre-os-Rios
É durante o seu legado que se faz o Livro Branco da Segurança Social e uma das primeiras reformas de fundo no sistema. É também nesta altura que lhe é atribuído o rótulo de "pai" do rendimento mínimo, já que se deveu a ele a sua criação
- a demissão de António Guterres, em 2002, catapulta-o para o cargo de secretário-geral do PS, tendo disputado e perdido as eleições legislativas com Durão Barroso, que interromperia o mandato para presidir à Comissão Europeia
- em 2005, em protesto contra a decisão de Jorge Sampaio de dar posse a Pedro Santana Lopes, em vez de convocar imediatamente eleições, abandona a liderança do PS, abrindo caminho a José Sócrates. Por essa altura, a sua imagem está já desgastada por acusações nunca provadas do seu envolvimento no escândalo Casa Pia
- nesse mesmo ano vai para Paris, onde se mantém até 2011 enquanto embaixador de Portugal junto da OCDE
- regressa à vida partidária e, em Junho de 2011 é eleito deputado pelo PS, tornando-se vice-presidente da Assembleia da República
- a 23 de Outubro de 2015 foi eleito Presidente da Assembleia da República