Notícia
Negrão admite sanções partidárias mais duras para deputados
Internamente, nos partidos, é preciso "ir um bocadinho mais longe do que as questões meramente políticas", em relação a sanções dos deputados, defendeu Fernando Negrão.
06 de Dezembro de 2018 às 15:47
O líder parlamentar do PSD admitiu esta quinta-feira, 6 de Dezembro, que os partidos têm de pensar em endurecer as sanções internas contra comportamentos menos adequados de deputados, como o caso das presenças 'fantasma' na Assembleia da República.
"Perante novos acontecimentos, novos comportamentos temos que alargar o âmbito das competências internas nos partidos", afirmou à Lusa Fernando Negrão, num comentário ao caso da alegada votação 'fantasma' da deputada Mercês Borges por Feliciano Barreiras Duarte, que não estava no plenário.
Se externamente, a sanção dos deputados deve ser política, dada, em última análise, pelos eleitores, já internamente, nos partidos, é preciso "ir um bocadinho mais longe do que as questões meramente políticas", acrescentou.
O conselho de jurisdição nacional do PSD, defendeu, deve fazer uma reflexão sobre o assunto.
"Seria um bom veículo para alargarmos o campo de censura de alguns comportamentos", afirmou ainda.
Na quarta-feira, o jornal online Observador noticiou que terá sido Mercês Borges a registar Feliciano Barreiras Duarte na votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2019, em 30 de Outubro, ocasião em que o deputado esteve no plenário de manhã, mas ausentou-se depois por razões familiares. No entanto, o seu nome consta do registo dos deputados que votaram contra o orçamento.
Contactada pelo Observador, Mercês Borges admitiu que possa ter "carregado no botão" pelo companheiro de bancada no momento da verificação de quórum, acrescentando já o ter feito por outros deputados e tratar-se de uma prática que é feita em outras bancadas.
Hoje de manhã, a bancada do PSD informou, em comunicado, que Maria das Mercês Borges pediu a demissão de todos os cargos em que representava o grupo parlamentar.
A deputada deixará, assim, de ser presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Electricidade e coordenadora da bancada do PSD na Comissão do Trabalho, presidida por Feliciano Barreiras Duarte.
"Perante novos acontecimentos, novos comportamentos temos que alargar o âmbito das competências internas nos partidos", afirmou à Lusa Fernando Negrão, num comentário ao caso da alegada votação 'fantasma' da deputada Mercês Borges por Feliciano Barreiras Duarte, que não estava no plenário.
O conselho de jurisdição nacional do PSD, defendeu, deve fazer uma reflexão sobre o assunto.
"Seria um bom veículo para alargarmos o campo de censura de alguns comportamentos", afirmou ainda.
Na quarta-feira, o jornal online Observador noticiou que terá sido Mercês Borges a registar Feliciano Barreiras Duarte na votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2019, em 30 de Outubro, ocasião em que o deputado esteve no plenário de manhã, mas ausentou-se depois por razões familiares. No entanto, o seu nome consta do registo dos deputados que votaram contra o orçamento.
Contactada pelo Observador, Mercês Borges admitiu que possa ter "carregado no botão" pelo companheiro de bancada no momento da verificação de quórum, acrescentando já o ter feito por outros deputados e tratar-se de uma prática que é feita em outras bancadas.
Hoje de manhã, a bancada do PSD informou, em comunicado, que Maria das Mercês Borges pediu a demissão de todos os cargos em que representava o grupo parlamentar.
A deputada deixará, assim, de ser presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Electricidade e coordenadora da bancada do PSD na Comissão do Trabalho, presidida por Feliciano Barreiras Duarte.