Notícia
Movimento de Rui Moreira diz que "não se coloca" para já retirada da medalha a Sindika Dokolo
Questionado sobre o pedido do Bloco de Esquerda de levar à Assembleia Municipal do Porto a proposta de retirada da medalha de ouro da cidade do Porto a Sindika Doloko, o movimento do independente Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, considera que essa decisão para já "não se coloca".
22 de Janeiro de 2020 às 16:31
O 'Porto, o Nosso Movimento' diz que a retirada da medalha de ouro da cidade ao marido de Isabel dos Santos, Sindika Dokolo, para já "não se coloca" e recorda que a atribuição foi "deliberada por unanimidade" no executivo.
Questionado sobre o pedido do Bloco de Esquerda de levar à Assembleia Municipal do Porto a proposta de retirada da medalha de ouro da cidade do Porto a Sindika Doloko, o movimento do independente Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, considera que essa decisão para já "não se coloca".
"A mesma [retirada da medalha], por ora e face ao regulamento aplicável, não se coloca, o que não quer dizer que não venha ou deva vir a colocar-se", indica o movimento numa resposta enviada à agência Lusa.
Para os deputados municipais do 'Porto, o Nosso Movimento', não se justifica também "uma alteração ao regulamento, que é geral e abstrato, para tratar de uma situação individual e concreta".
"O respeito pelas instituições faz-se, antes de mais, pelo respeito das regras que elas próprias estipulam", salienta o deputado André Noronha, do movimento.
O movimento recorda ainda que a decisão da atribuição foi "deliberada por unanimidade no executivo municipal".
Contactado pela Lusa o PSD/Porto afirma que o pedido do Bloco de Esquerda de retirar a medalha de ouro da cidade ao marido de Isabel dos Santos, Sindika Doloko, na sequência do processo Luanda Leaks, é "uma mera manifestação de oportunismo político".
Questionados pela Lusa, os deputados municipais da CDU e do PAN preferiram não comentar "para já" o assunto, lembrando que o mesmo tem de ser "tratando com frieza".
A Lusa tentou também contactar o PS/Porto, mas até ao momento não obteve nenhuma resposta.
Num comunicado enviado na terça-feira, o grupo municipal do Bloco de Esquerda (BE) disse não aceitar que "a cidade do Porto seja usada como refúgio da cleptocracia angolana e que as atividades da câmara beneficiem de dinheiros canalizados pela fundação de Sindika Dokolo", pelo que, tudo fará na Assembleia Municipal "para que este órgão retire a condecoração atribuída ao marido de Isabel dos Santos".
Questionada pela Lusa, a Câmara do Porto recordou apenas que "a atribuição da medalha de mérito da cidade, grau ouro, decorreu da realização de uma das mais importantes exposições de arte contemporânea, realizada na Galeria Municipal em 2015, e que esta mesma distinção foi unanimemente aprovada em reunião de câmara".
Em fevereiro de 2015, quando Rui Moreira propôs ao executivo municipal a atribuição da medalha de ouro da cidade a Sindika Dokolo, dando como justificação o investimento realizado pela fundação do marido de Isabel dos Santos no Porto, através da compra da Casa Manoel de Oliveira e o empréstimo da coleção designada 'You Love Me, You Love me Not', apenas o Bloco votou contra a proposta na Assembleia Municipal.
Já em reunião do executivo, a recomendação foi aprovada por unanimidade, com votos favoráveis do PS, PSD, CDU e movimento de Rui Moreira.
O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou no domingo mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de 'Luanda Leaks', que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.
Isabel dos Santos disse estar a ser vítima de um ataque político orquestrado para a neutralizar e sustentou que as alegações feitas contra si são "completamente infundadas", prometendo "lutar nos tribunais internacionais" para "repor a verdade".
Questionado sobre o pedido do Bloco de Esquerda de levar à Assembleia Municipal do Porto a proposta de retirada da medalha de ouro da cidade do Porto a Sindika Doloko, o movimento do independente Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, considera que essa decisão para já "não se coloca".
Para os deputados municipais do 'Porto, o Nosso Movimento', não se justifica também "uma alteração ao regulamento, que é geral e abstrato, para tratar de uma situação individual e concreta".
"O respeito pelas instituições faz-se, antes de mais, pelo respeito das regras que elas próprias estipulam", salienta o deputado André Noronha, do movimento.
O movimento recorda ainda que a decisão da atribuição foi "deliberada por unanimidade no executivo municipal".
Contactado pela Lusa o PSD/Porto afirma que o pedido do Bloco de Esquerda de retirar a medalha de ouro da cidade ao marido de Isabel dos Santos, Sindika Doloko, na sequência do processo Luanda Leaks, é "uma mera manifestação de oportunismo político".
Questionados pela Lusa, os deputados municipais da CDU e do PAN preferiram não comentar "para já" o assunto, lembrando que o mesmo tem de ser "tratando com frieza".
A Lusa tentou também contactar o PS/Porto, mas até ao momento não obteve nenhuma resposta.
Num comunicado enviado na terça-feira, o grupo municipal do Bloco de Esquerda (BE) disse não aceitar que "a cidade do Porto seja usada como refúgio da cleptocracia angolana e que as atividades da câmara beneficiem de dinheiros canalizados pela fundação de Sindika Dokolo", pelo que, tudo fará na Assembleia Municipal "para que este órgão retire a condecoração atribuída ao marido de Isabel dos Santos".
Questionada pela Lusa, a Câmara do Porto recordou apenas que "a atribuição da medalha de mérito da cidade, grau ouro, decorreu da realização de uma das mais importantes exposições de arte contemporânea, realizada na Galeria Municipal em 2015, e que esta mesma distinção foi unanimemente aprovada em reunião de câmara".
Em fevereiro de 2015, quando Rui Moreira propôs ao executivo municipal a atribuição da medalha de ouro da cidade a Sindika Dokolo, dando como justificação o investimento realizado pela fundação do marido de Isabel dos Santos no Porto, através da compra da Casa Manoel de Oliveira e o empréstimo da coleção designada 'You Love Me, You Love me Not', apenas o Bloco votou contra a proposta na Assembleia Municipal.
Já em reunião do executivo, a recomendação foi aprovada por unanimidade, com votos favoráveis do PS, PSD, CDU e movimento de Rui Moreira.
O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou no domingo mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de 'Luanda Leaks', que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.
Isabel dos Santos disse estar a ser vítima de um ataque político orquestrado para a neutralizar e sustentou que as alegações feitas contra si são "completamente infundadas", prometendo "lutar nos tribunais internacionais" para "repor a verdade".