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Morreu o deputado do PS Manuel Seabra
O deputado socialista Manuel Seabra morreu hoje no Instituto Português de Oncologia do Porto, aos 51 anos, vítima de doença prolongada, confirmou à Lusa fonte do PS.
Manuel Seabra, que suspendeu o mandato de deputado na Assembleia da República em Junho por doença prolongada, encontrava-se internado no IPO desde meados de Dezembro, adiantou à Lusa Luísa Salgueiro, deputada do PS na Assembleia da República.
O funeral do socialista realiza-se na quinta-feira, às 16:00, no Tanatório de Sandim, em Matosinhos.
Nascido a 28 de Julho de 1962, licenciado em Direito e advogado de profissão, Manuel José de Faria Seabra Monteiro tornou-se uma figura pública com a sua passagem pela Câmara de Matosinhos e pela Assembleia da República, desde 2009.
Seabra fez o seu percurso político pela Juventude Socialista e pelo PS, entrando para a Câmara de Matosinhos como assessor de Narciso Miranda, em 1988.
Na autarquia, viria a ser vereador do Urbanismo a partir de 1994, e vice-presidente de Narciso Miranda, tendo ainda ocupado o cargo de presidente durante cerca de um ano, enquanto Narciso foi secretário de Estado da Administração Marítima e Portuária do XIV Governo Constitucional, liderado por António Guterres.
Mas Manuel Seabra acabou por incompatibilizar-se com o autarca, num diferendo que culminou com os incidentes na lota de Matosinhos, em Junho de 2004, marcados pela morte do candidato do PS às eleições europeias, Sousa Franco.
Na sequência deste incidente, a direcção nacional do PS decidiu, meses mais tarde, afastar os dois políticos da corrida à presidência da Câmara de Matosinhos, que veio a ser ganha pelo socialista Guilherme Pinto.
As divergências entre Narciso Miranda e Manuel Seabra surgiram após a ida do primeiro para o Governo de Guterres em 1999.
Manuel Seabra ocupou a presidência da autarquia entre Outubro de 1999 e Setembro de 2000, passando a vice-presidente quando Narciso Miranda regressou da sua passagem pelo Governo, cargo que manteve até 2004.
Demitiu-se de todos os cargos na Câmara após o incidente na lota de Matosinhos, mas acabou por regressar ao universo autárquico como chefe de gabinete de António Costa, na Câmara de Lisboa, em 2008.
Como deputado eleito pelo círculo do Porto cumpriu mandato na Assembleia da República nas XI e XII legislaturas integrando diversas comissões, entre elas a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.