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Montenegro e Pinto Luz marcam posição no congresso do PSD
Os dois candidatos derrotados por Rui Rio nas diretas de janeiro vão ambos dirigir-se aos congressistas sociais-democratas que marcarem presença em Viana do Castelo. Mas se Pinto Luz não leva nem tomará partido por nenhum das listas ao Conselho Nacional, Montenegro leva lista alternativa à do líder reeleito.
Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz farão intervenções no 38.º Congresso do PSD que decorre este fim-de-semana em Viana do Castelo. Os discursos do ex-líder parlamentar e do número dois da autarquia de Cascais deverão acontecer ao longo do dia de sábado.
Se o discurso de Pinto Luz foi confirmado pelo próprio num comunicado enviado às redações na passada quarta-feira, a intervenção de Montenegro, que apesar de esperada foi mantida em segredo, foi confirmada ao Negócios por fonte próxima do ex-candidato à liderança do partido.
Apesar de Rui Rio ter feito um discurso de vitória em que apelou à unidade do partido, e em que disse contar com todos os militantes para o trabalho futuro, Luís Montenegro aproveitou a ocasião para desde logo rejeitar a sua "morte política".
Além do mais, o líder da bancada parlamentar do PSD durante o Governo liderado por Passos Coelho não abdicou de ver os 46,8% conseguidos no segundo turno das diretas representados numa lista ao Conselho Nacional do partido, a qual será encabeçada por um dos seus mais próximos apoiantes, o presidente da câmara de Famalicão, Paulo Cunha.
Na primeira volta das diretas sociais-democratas, nenhum dos candidatos conseguiu a metade dos votos mais um que permitiria evitar uma segunda volta, sendo que ao ficar-se por 9,55% dos votos, Pinto Luz fixou arredado da possibilidade de participar no segundo turno.
Na segunda volta, Rui Rio foi reeleito com 53,2% dos votos, mais 6,4 pontos percentuais do que a percentagem de votos alcançada pelo candidato Luís Montenegro.
No congresso de 2018, Montenegro prometeu que não iria ser oposição a Rui Rio, porém avisou que no dia em que entendesse avançar para a liderança do partido não pediria licença a ninguém. Já no final desse ano, desafiou Rio a marcar diretas. O ainda presidente do PSD rejeitou e resolveu a contestação à sua liderança submetendo-se a uma moção de confiança no Conselho Nacional, que venceu.