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Montenegro ao ataque: "Oposições têm dever de lealdade de nos deixarem governar"

Depois de terem viabilizado o Programa de Governo, era "irresponsável e oportunista" governar contra o programa aprovado. É essa a convicção do primeiro-ministro, que abriu o Estado da Nação a atacar a "muita confusão" dos partidos da oposição.

Lusa
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu nesta quarta-feira que os partidos de oposição no Parlamento têm "o dever de lealdade com os portugueses" de "deixar governar", depois de terem viabilizado o Programa de Governo.

O debate é sobre o estado da Nação, mas no arranque da sua intervenção, o primeiro-ministro focou-se no estado da governação. Perante o elefante na sala que é um eventual chumbo da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2025, Luís Montenegro partiu ao ataque.

Inicialmente, começou por considerar que a nação está "em transformação" - enumerando depois as principais medidas tomadas, ou iniciadas, pelo atual Governo nos seus primeiros 100 dias de governação -, criticando depois a "muita confusão na oposição". 

Ainda assim, para o chefe de Governo, a nação está "tranquila", porque a governação está assente "numa decisão que o povo tomou, numa política que o povo apoia e na realização de um programa de Governo que o povo não quer interromper".


"Há um Governo legitimado pelo voto popular e um programa viabilizado na Assembleia da República", recordou o primeiro-ministro. E, para Luís Montenegro, isso não é de somenos.

"Não rejeitar o programa de Governo não é uma adesão ao seu conteúdo, mas é um ato que tem consequências políticas e é preciso sermos sérios", afirmou o primeiro-ministro.

Para Luís Montenegro, "uma coisa é fazer oposição, criticar e fiscalizar o Governo. Outra coisa é governar no Parlamento contra o Programa de Governo viabilizou no Parlamento".

"É inadmissível, desleal e não é sério na atividade política", criticou.

"Até ao dia que [eventualmente] aprovarem uma moção de censura a este governo, as oposições, além do seu trabalho político, têm dever de lealdade com os portugueses de nos deixarem governar e não querer governar com arranjos irresponsáveis e oportunistas", acusou o primeiro-ministro. 

Montenegro enumera avanços nos primeiros 100 dias de governação

"Há um Governo legitimado pelo voto popular e um programa viabilizado na Assemnleia da República" e "foi esse programa que permitiu descer o IRS, o novo IRS Jovem e descer o IRC, enumerou, continuando o balanço de medidas implementadas, desde "fomentar a união de empresas, os ganhos de escala, agir com resultado na habitação" ou "revogar os erros nas políticas de habitação", "reoganizar as urgências hospitalares que estavam - e ainda estão, porque isto não se resolve de um dia para o outro - em situação muito difícil".

"Tudo isto está em execução. Não são proclamações", afirmou. "O Governo que aumentou de 50% para 100% a comparticipação nos medicamentos para os idosos que recebem CSI foi este Governo".

Novo aeroporto, alta velocidade Lisboa-Madrid, PPP para a ligação Lisboa-Porto-Vigo, diplomacia internacional e capital político do país nas organizações internacionais, Montenegro tocou nas várias áreas de governação e não deixou de fazer uma referência a António Costa quando se referiu à União Europeia "onde teremos um portugues na presidência do Conselho Europeu, que apesar de ser socialista e meu antecessor, apoiei com muita honra e regozijo", salientou.

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