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Miguel Albuquerque apresenta demissão sem efeitos imediatos

Miguel Albuquerque apresentou demissão mas esta não produz efeitos imediatos. A nível regional também se discute a questão da aprovação do orçamento.

Homem de Gouveia / Lusa
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O líder do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, apresentou a demissão. 

A demissão não terá efeitos imediatos, referiu o representante da República na Madeira, Ireneu Barreto. Em discussão está, também a nível regional, a aprovação do orçamento.

"Por enquanto não tem efeitos imediatos. Eu estou a ponderar com o senhor presidente do governo qual a melhor altura para que essa demissão produza efeitos. Como sabem há problemas pendentes, há nomeadamente o orçamento regional, temos de ver se é preciso aprovar o orçamento regional antes da demissão ou se isso pode ficar" para outra circunstância, disse, em declarações transmitidas pela RPT3.

"Se o Governo cair já – isso vai depender ainda do que for acertado entre mim e o senhor presidente – eu iniciarei o processo normal de ouvir os partidos para depois tomar uma decisão", acrescentou. "Estou aberto a toda a solução que seja aquela que considere a maior defesa dos interesses da Madeira", disse, sem prometer uma decisão para esta semana. 

De acordo com Ireneu Barreto a decisão será tomada por acordo. "Pode ser que seja esta semana, pode ser que seja só depois do orçamento aprovado, se houver orçamento a aprovar. Neste momento a data está em aberto. O que vos posso prometer é que quando houver um governo de gestão iniciarei o processo de ouvir os partidos" tendo em vista "a eventual nomeação de um governo ou não", o que só acontecerá quando a demissão produzir efeitos.

"Eu aceitei a decisão do senhor presidente mas ainda não o demiti", disse Ireneu Barreto.

"Não termos orçamento é muito complicado", diz Albuquerque

"Temos aqui uma questão que eu acho que toda a gente percebe: não podemos ter uma gestão por duodécimos num orçamento que tem neste momento, no global, contando o PRR e o novo quadro comunitário de apoio, 2.170 milhões de euros", disse aos jornalistas Miguel Albuquerque.

"A questão de não termos orçamento é muito complicada", acrescentou. A aprovação do orçamento por um novo governo "é uma questão que temos ponderar", disse, manifestando-se disponível para soluções que salvaguardem "os interesses" da Madeira.

"Não estou agarrado de maneira nenhuma ao cargo", acrescentou o presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, que foi constituído arguido na semana passada

Marcelo Rebelo de Sousa tem dito que como ainda não passaram seis meses desde as últimas eleições só pode convocar novas eleições daqui a dois meses, um passo que se prepará para dar.

Questionado sobre o sucessor, Miguel Albuquerque esclareceu que, afinal, a decisão não será tomada esta segunda-feira, uma vez que a reunião do PSD Madeira foi adiada.

Notícia atualizada às 13:36 com mais informação e corrigida para explicar que o representante da República disse que aceitou a demissão, mas esclarecendo que esta não produz efeitos imediatos.

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