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Marcelo vai marcar presidenciais para 24 de janeiro de 2021

O Presidente da República vai marcar, no próximo dia 24 de novembro, as eleições presidenciais, que serão realizadas a 24 de janeiro de 2021, segundo informou o deputado José Luís Ferreira após uma audiência realizada em Belém.

Marcelo Rebelo de Sousa recebeu ontem o primeiro-ministro e todos os líderes dos partidos com assento parlamentar. No final, deu uma entrevista à RTP.
António Cotrim/Lusa
17 de Novembro de 2020 às 18:53
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As eleições presidenciais previstas para o início de 2021 serão convocadas para o dia 24 de janeiro do próximo ano. A garantia foi dada pelo próprio Presidente da República durante a audiência hoje mantida com o deputado do PEV, José Luís Ferreira, que à saída do encontro deu conta aos jornalistas da intenção que lhe fora revelada por Marcelo Rebelo de Sousa. 

"O senhor Presidente da República comunicou-nos que, no dia 24 de novembro, irá marcar as eleições presidenciais para 24 de janeiro de 2021", disse o deputado ecologista.

Em agosto, o Negócios avançou em primeira mão que Marcelo planeava agendar as presidenciais para o terceiro (dia 17) ou quarto (dia 24) domingo de janeiro, admitindo então apenas promover um adiamento das eleições - que requer uma maioria parlamentar de dois terços - em função da evolução da pandemia. Assim sendo, tudo indica que Marcelo considera que a 24 de janeiro de 2021 estarão reunidas as condições necessárias à realização da eleição. Segundo apurou o Negócios, perante a hipótese académica de ser necessário adiar as eleições, Belém apenas admite considerar tal adiamento mediante uma revisão constitucional cirurgica.

A constituição estabelece que "o Presidente da República será eleito nos sessenta dias anteriores ao termo do mandato do seu antecessor ou nos sessenta dias posteriores à vagatura do cargo". O mandato de Marcelo termina a 8 de março do próximo ano. 

O atual Presidente mantém o tabu quanto a uma recandidatura. Depois de ter dito que daria a conhecer a sua decisão em outubro ou novembro, numa recente entrevista à RTP disse que apenas irá revelar se se recandidata a Belém já no mês de dezembro, isto por considerar que essa é a menor das prioridades para os portugueses no contexto da deterioração da crise pandémica. 

Apesar do tabu presidencial, Marcelo é o claro favorito à vitória e isso mesmo é reiterado a cada sondagem. No mais recente estudo de opinião realizado pela Intercampus para o Negócios e o CM/CMTV, Marcelo liderava destacado com 56,2% das intenções de voto, bem acima dos 17,2% atribuídos à candidata da área socialista, Ana Gomes.

(Notícia atualizada)
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