Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Marcelo: Sobre cenário de eleições antecipadas "o que tinha a dizer está dito"

O Presidente da República escusou-se esta segunda-feira a falar sobre o aviso de que pode antecipar as eleições legislativas se o Orçamento do Estado para 2019 for chumbado, afirmando que "o que tinha a dizer está dito".

07 de Maio de 2018 às 19:30
  • 3
  • ...

No final de uma visita à associação de apoio a pessoas reclusas e ex-reclusas "O Companheiro", em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa remeteu todas as questões dos jornalistas sobre este assunto para as declarações que fez em entrevista à Rádio Renascença e ao jornal Público.

 

"O que tinha a dizer está dito", afirmou, acrescentando: "A entrevista é muito clara, é muito explicativa, até é muito longa. Portanto, está lá tudo aquilo que neste momento eu entendo que devo dizer para além das intervenções mais ou menos pontuais do dia-a-dia".

 

Por outro lado, em resposta à comunicação social, o chefe de Estado informou que "chegou há um hora e meia" ao Palácio de Belém o diploma do parlamento que estabelece o direito à autodeterminação da identidade e expressão de género e permite a mudança da menção do sexo no registo civil a partir dos 16 anos.

 

Questionado se já tomou uma decisão quanto à promulgação ou não desse decreto, respondeu: "Ainda não vi o diploma. Tenho estado convosco praticamente toda a tarde. Soube que chegou há uma hora e meia ou duas horas. Portanto, não tive ainda tempo de ver o diploma".

 

Na primeira parte da sua entrevista à Renascença e ao Público, divulgada hoje, o Presidente da República dramatizou a importância da aprovação do próximo Orçamento, e advertiu: "É tão fundamental para mim, que uma não aprovação do Orçamento me levaria a pensar duas vezes relativamente àquilo que considero essencial para o país, que é que a legislatura seja cumprida até ao fim".

 

Questionado se pensa que, num cenário de desentendimento entre o PS e os partidos à sua esquerda, o PSD pode abster-se na votação do Orçamento para evitar uma crise política, Marcelo Rebelo de Sousa remeteu a pergunta para Rui Rio: "Não sei, isso é uma pergunta a colocar ao líder do PSD".

 

Depois, interrogado se para si tanto faz que o Orçamento passe com o voto a favor dos partidos à esquerda do PS ou com a abstenção do PSD, respondeu: "A posição do Presidente é que é fundamental para o país - não é uma questão pessoal, é uma questão institucional -- que haja Orçamento aprovado em termos de entrar em vigor no dia 1 de Janeiro de 2019".

 

"Se não houver Orçamento aprovado, aí coloca-se um problema muito complicado, que seria o reinício do processo orçamental, e, provavelmente, aí teria de se pensar duas vezes sobre se faz sentido não antecipar as eleições", reafirmou.

 

Hoje, perante a insistência dos jornalistas, que lhe perguntaram por que deixou este aviso agora e se considera que há o risco de o Orçamento ser chumbado, Marcelo Rebelo de Sousa nada mais quis adiantar sobre um cenário de eleições antecipadas.

 

O chefe de Estado referiu que a entrevista em causa tem duas partes e sugeriu: "Vamos deixar sair a segunda parte, vamos deixar os comentadores comentarem a entrevista. Não é o Presidente que vai comentar as suas palavras". "Está lá tudo. Se lerem com atenção, têm é de ler com atenção, está lá tudo dito, bem explicado", reiterou.

 

No que respeita às preocupações que manifestou sobre a justiça, o Presidente da República remeteu igualmente para a entrevista, em que alertou para o risco de o debate mediático e político prescindir de esperar pelas decisões judiciais, colocando em causa o Estado de direito democrático.

 

No seu entender, "está lá tudo também dito" e "é longuíssima essa parte". "Está lá tudo aquilo que eu queria dizer, e está desenvolvidamente. Eu, depois, até fiquei a pensar: não será longa de mais?", acrescentou.

Ver comentários
Saber mais Marcelo Rebelo de Sousa chefe de Estado Palácio de Belém Presidente da República Orçamento Rui Rio política PSD PS
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio