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Marcelo: "Fatores de risco atuais, que são elevados, podem subir"

Presidente da República visitou a Proteção Civil e fez um apelo aos portugueses para reduzam situações que possam gerar riscos. Situação no país é grave e pode piorar até dia 12, terça-feira. Marcelo diz também que atual situação "não tem comparação" com 2017.

Miguel A. Lopes/Lusa
10 de Julho de 2022 às 13:34
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O Presidente da República apelou aos portugueses para que reduzam as situações de risco que possam originar a deflagração de incêndios, até porque as condições de risco atuais são elevadas e podem piorar. Ainda assim, a atual coordenação e preparação "não tem comparação" com 2017.

De visita à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e de Emergência (ANEPC), onde acompanhou a reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional, Marcelo Rebelo de Sousa frisou que "pode haver a partir de dia 12 não só um alargamento da extensão da área de risco como dos fatores de risco" de incêndio no país. 

"Aos fatores de risco atuais, que são as elevadas temperaturas e que podem subir ainda mais e a humidade baixa que pode agravar-se, pode somar-se uma intensidade de ventos hoje e amanhã", explicou o Chefe de Estado.

Segundo Marcelo, haverá nestes dias duas fases: hoje e amanhã, em que a situação é grave face às elevadas temperaturas; e os dois dias seguintes, em que essas condições poderão ser agravadas por ventos.

"Estou a ser claro para que fique também claro no espírito de todos que nestes dois dias pode haver duas fases", afirmou o Presidente, adiantando que passados os primeiros dois dias pode ficar "a sensação de um aparente desagravamente" mas que esse cenário "pode ser ilusório, levando as pessoas a facilitar na sua reação".

"Nesta fase ainda não há ventos que se teme virem com uma intensidade que não tem existido até agora e que nao se prevê que existam até amanhã", insistiu.

 Para o Chefe de Estado, "os portugueses têm de ter a noção de que todos ele estão, à sua maneira e sobretudo nas áreas abrangidas, no teatro de operações em termos potenciais". Daí o apelo à população e a responsáveis autárquicos para que cancelem eventos, evitem festejos coletivos ou piqueniques nas zonas rurais.

País em contingência é muito diferente de 2017

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre se o país está hoje melhor do que em 2017, quando dois grandes incêndios florestais na zona centro fizeram mais de uma centena de mortos, o Presidente afirmou que "não tem comparação".

"Quando recordo em 2017 e quando recordo as estruturas que havia em termos de informação, de coordenação de entidades, não há comparação. De facto, aprendemos, mas não aprendemos tudo."
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