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Maioria diz que Miguel Alves deveria ter sido demitido. Caso prejudicou primeiro-ministro
Esmagadora maioria dos inquiridos diz que acompanhou o caso do ex-secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e considera que o afastamento deveria ter acontecido antes da acusação do Ministério Público.
Dois terços dos portugueses consideram que o ex-secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro deveria ter saído do Governo mais cedo e que a imagem de António Costa saiu chamuscada com esta polémica.
Miguel Alves esteve no Governo menos de dois meses, depois de ter sido chamado por António Costa para a coordenação do executivo, um cargo que no início do atual mandato deixou de existir, mas que foi recuperado com a remodelação em que Marta Temido abandonou a tutela do Ministério da Saúde.
O ex-presidente da Câmara de Caminha acabou por cair, demitindo-se, não pela polémica com o adiantamento de 300 mil euros de rendas por um centro de exposições que não chegou a ser construído, mas por ter sido acusado de prevaricação no âmbito da "Operação Teia". Um processo que se baseia em suspeitas relacionadas com contratos com uma empresa da mulher de Joaquim Couto, ex-presidente da Câmara de Santo Tirso e no qual estão envolvidos outros autarcas da região norte.
De acordo com o barómetro da Intercampus para o Negócios, CM e CMTV, 70% dos inquiridos acompanharam a polémica e, para estes, a esmagadora maioria (82%) considera que o caso prejudicou a imagem de António Costa. Mas os efeitos também acabaram por contaminar todo o Governo.
Questionados sobre o momento da demissão e a atuação do primeiro-ministro, dois terços dos inquiridos consideram que António Costa não deveria ter esperado pela acusação do Ministério Público, afastando Miguel Alves mais cedo.
Miguel Alves justificou a demissão por "entender não estarem reunidas as condições que permitam a minha permanência no Governo de Portugal", afirmando estar de "consciência tranquila".
FICHA TÉCNICA
Objetivo: Sondagem realizada pela Intercampus para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: A amostra é constituída por 607 entrevistas, com distribuição proporcional por género, idade e região. Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade. Os trabalhos de campo decorreram de 17 a 22 de outubro de 2022. Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de 4,0%. Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 62,6%.