Notícia
Reta final no apelo ao voto. PS contra dispersão à esquerda, IL critica escolha de protesto
A campanha eleitoral entra no último dia. Siga aqui todas as iniciativas desta sexta-feira.
Ana Catarina Mendes considera inaceitável que Marcelo tenha decidido "entrar em campanha"
A cabeça de lista do PS por Setúbal, Ana Catarina Mendes, considerou inaceitável que o Presidente da República tenha decidido "entrar hoje em campanha", num discurso em que Marcelo Rebelo de Sousa foi apupado pelos simpatizantes socialistas.
Na sua intervenção no comício do PS no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, Ana Catarina Mendes manifestou a "maior perplexidade" por o Presidente da República ter decidido "entrar em campanha no último dia", com os simpatizantes socialistas a assobiarem Marcelo Rebelo de Sousa mal o seu nome foi pronunciado.
"Em democracia não é aceitável. O Presidente da República - habituou-nos Mário Soares, Jorge Sampaio - é o garante da estabilidade democrática, é o garante de que todas as forças políticas têm os mesmos direitos em sociedades democráticas", sustentou.
Por isso, prosseguiu a também governante, "não é admissível que o senhor Presidente da República tenha decidido convocar estas eleições mas, pior do que isso, tenha decidido entrar hoje em campanha eleitoral".
"Os portugueses responderão, e responderão de uma forma muito clara, meu caro Pedro Nuno Santos. Responderão com uma grande, enorme vitória no PS, e o Pedro Nuno Santos primeiro-ministro de Portugal", sublinhou, salientando que "é assim em sociedades democráticas".
O Expresso noticiou hoje que, caso a Aliança Democrática (AD) perca as eleições, mas houver uma maioria de direita no parlamento, o Presidente da República não vai aceitar um primeiro-ministro de substituição de Luís Montenegro para um eventual Governo com o Chega.
Segundo esse mesmo artigo, o Presidente da República "já cenarizou o que pode sair do 10 de março e não antevê que quem fique em segundo nas eleições possa governar".
Ana Catarina Mendes considera inaceitável que Marcelo tenha decidido "entrar em campanha"
A cabeça de lista do PS por Setúbal, Ana Catarina Mendes, considerou inaceitável que o Presidente da República tenha decidido "entrar hoje em campanha", num discurso em que Marcelo Rebelo de Sousa foi apupado pelos simpatizantes socialistas.
Na sua intervenção no comício do PS no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, Ana Catarina Mendes manifestou a "maior perplexidade" por o Presidente da República ter decidido "entrar em campanha no último dia", com os simpatizantes socialistas a assobiarem Marcelo Rebelo de Sousa mal o seu nome foi pronunciado.
"Em democracia não é aceitável. O Presidente da República - habituou-nos Mário Soares, Jorge Sampaio - é o garante da estabilidade democrática, é o garante de que todas as forças políticas têm os mesmos direitos em sociedades democráticas", sustentou.
Por isso, prosseguiu a também governante, "não é admissível que o senhor Presidente da República tenha decidido convocar estas eleições mas, pior do que isso, tenha decidido entrar hoje em campanha eleitoral".
"Os portugueses responderão, e responderão de uma forma muito clara, meu caro Pedro Nuno Santos. Responderão com uma grande, enorme vitória no PS, e o Pedro Nuno Santos primeiro-ministro de Portugal", sublinhou, salientando que "é assim em sociedades democráticas".
O Expresso noticiou hoje que, caso a Aliança Democrática (AD) perca as eleições, mas houver uma maioria de direita no parlamento, o Presidente da República não vai aceitar um primeiro-ministro de substituição de Luís Montenegro para um eventual Governo com o Chega.
Segundo esse mesmo artigo, o Presidente da República "já cenarizou o que pode sair do 10 de março e não antevê que quem fique em segundo nas eleições possa governar".
Paulo Raimundo responde ao PS com apelo à concentração de votos na CDU
O secretário-geral do PCP apelou hoje, no Porto, à concentração de votos na CDU nas eleições legislativas de domingo, em resposta ao desejo manifestado pelo líder socialista, Pedro Nuno Santos, de concentrar no PS os votos à esquerda.
"Temos ouvido nas últimas horas um apelo à concentração de votos. E estamos de acordo com isso: é preciso, de facto, concentrar votos: pelos salários, pelas reformas, pelo Serviço Nacional de Saúde, pela habitação, para pôr a banca a pagar o aumento das taxas de juro, pelo ambiente, pela cultura, pelas respostas de cada um. É preciso, de facto, concentrar cada vez mais votos na CDU, que é a força que dá resposta a cada uma destas questões", afirmou.
Num discurso efetuado no Coliseu do Porto, com a presença de várias centenas de apoiantes e depois de uma breve arruada pelas ruas da cidade portuense, Paulo Raimundo denunciou "os truques de sempre" com vista a influenciar o voto da população, assentes, segundo o líder comunista, na "chantagem" e na "pressão" para "tentarem decidir pelo povo".
"Nestas horas finais da campanha eleitoral temos ouvido das bocas de outros uns que pedem votos para que tudo ande para trás, outros que pedem votos para que tudo fique na mesma e, depois, há a CDU, que pede os votos e mais força e mais deputados para que a vida de cada um ande para a frente", acrescentou.
Moedas acusa PS de "ter medo da democracia" e diz que só Montenegro "foi adulto na sala"
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa acusou hoje o PS de "ter medo da democracia" e considerou que, nesta campanha para as legislativas, Luís Montenegro foi "o único adulto na sala".
No último comício da campanha da Aliança Democrática (AD), no Campo Pequeno (em Lisboa), a intervenção de Moedas foi sendo interrompida pelos apoiantes que gritavam "Vitória, Vitória" ou "Luís amigo, o povo está contigo".
Na sua segunda intervenção nesta campanha, o autarca de Lisboa retomou uma ideia que já tinha deixado em Évora de que, nas legislativas antecipadas de domingo, "é a democracia que está em causa" e que "o país não pode voltar ao sistema do partido único".
"Vejo um PS que só agita papões, que faz campanha com base no medo da mudança democrática, no medo da alternância. Meus amigos, o PS tem medo da democracia, o PS é hoje esse partido que tem medo da alternância democrática", afirmou, entre apupos quando referia o nome do principal adversário político.
O autarca defendeu que "só a AD pode pôr fim a este PS que se julga dono do país, dono do Estado e dono das pessoas", e elogiou a postura do presidente do PSD, Luís Montenegro, nas últimas duas semanas.
"Se tivéssemos que definir esta campanha numa só frase, numa só frase era: Luís Montenegro foi o adulto na sala desta campanha", afirmou, elogiando a postura, a moderação e a serenidade do líder social-democrata.
Moedas dirigiu-se sobretudo aos indecisos, com o argumento de que também está em jogo nestas eleições a governabilidade do país.
"São anos e anos de incompetência do PS, anos e anos em que o PS não é útil às pessoas, deixou de ser útil às pessoas para ser útil para si próprio", disse, acrescentando que o Governo prometeu "um mar de rosas" e deu "o cabo das tormentas" aos portugueses.
O presidente da Câmara de Lisboa deixou um apelo especial aos jovens que "fizeram a diferença" na sua eleição em 2021.
"Eu sei que o PS destruiu a vossa ambição e que muitos não acreditam que é possível mudar e têm medo do futuro e ainda estão lá em casa indecisos. Digo-vos nos olhos. O valor mais importante para a vossa geração é a liberdade", considerou.
Dando o seu exemplo pessoal, Moedas afirmou que foi a AD original (coligação que juntou, em 1979 como agora, PSD, CDS-PP e PPM) que permitiu "um jovem alentejano de uma família pobre chegar a Lisboa com 18 anos sem conhecer ninguém e singrar na vida pelo mérito".
"É essa AD que vai voltar, venham connosco, não desperdicem esta oportunidade", apelou.
O comício, marcado para as 18:00, começou com mais de uma hora de atraso.
Na arena do Campo Pequeno foram dispostas cerca de 670 cadeiras, a que se somam cerca de 2700 lugares nas bancadas, que foram enchendo até perto das 19:00, sem ficarem totalmente ocupados.
IL vai a urgência obstétrica fechada em Leiria dizer que o país "está a ficar para trás" na proteção das mulheres
O presidente da IL assinalou hoje o Dia Internacional da Mulher à porta da urgência de obstetrícia do hospital de Leiria, que está encerrada, para mostrar que Portugal está "a ficar para trás na proteção dos seus direitos".
"Hoje, assinalamos o Dia Internacional da Mulher e estamos aqui à porta de uma urgência de obstetrícia e ginecologia encerrada [hospital de Leiria] para mostrar que esse é uma das áreas em que Portugal tem abandonado as mulheres naquilo que são aspetos essenciais", afirmou Rui Rocha, naquele que é o último dia de campanha para as eleições legislativas de domingo.
Além de Leiria, também Abrantes, Caldas da Rainha, Vila Franca de Xira e Barreiro têm as urgências fechadas, enumerou, acrescentando que isso demonstra bem como Portugal está "a ficar para trás na proteção dos direitos das mulheres".
Em Leiria, distrito onde a IL nunca elegeu nenhum deputado, o dirigente liberal sublinhou que é um direito das grávidas terem assistência e acompanhamento adequado, sem angústias adicionais, num momento delicado como é a gravidez.
Uma das propostas da IL passa pela atribuição, ainda este ano, de médico de família às grávidas, assim como às crianças até aos nove anos e aos idosos com mais de 65 anos.
Em matéria de saúde, Rui Rocha considerou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está num momento difícil estruturalmente e vai continuar se não sofrer uma reforma.
A visão da IL é diferente das dos outros partidos políticos por entender que a participação dos privados e do setor social são determinantes, mas não apenas quando o SNS falha.
"Neste momento, a saúde é tão importante e relevante que é preciso convocar, desde o início, toda a capacidade instalada permitindo que os utentes, neste caso as grávidas, mas todos aqueles que precisam de cuidados de saúde, tenham a possibilidade de decidir qual é o serviço público, privado ou social que melhor lhes serve", frisou.
A possibilidade de escolha na saúde é "a grande diferença e a diferença fundamental" entre a IL e os restantes partidos, reafirmou.
O líder da IL considerou que o país tem três sistemas: o sistema dos funcionários públicos que pagam um sistema onde têm liberdade de escolha, que é a ADSE, o sistema das pessoas que têm seguros de saúde ou meios para irem a diferentes prestadores e o sistema que tem refém os portugueses e que lhes permite apenas ir ao SNS.
E aquilo que a IL pretende é que todos os portugueses, mesmo os que não têm tantos recursos, possam também escolher entre privado, social e público.
"A IL não aceita que os utentes dos serviços de saúde estejam meses ou anos em sofrimento com falta de opção e de serviço. Portanto, nós entendemos que é fundamental que desde o princípio, logo que tenham uma necessidade de saúde, possam optar pelos serviços que mais lhes convêm, assumindo o Estado uma função de financiador e de regulador do sistema", especificou.
Rui Rocha explicou que, neste modelo, o Estado tem de esclarecer de forma muito detalhada quais são os serviços prestados, assegurando que os privados e o setor social são obrigados a prestar o mesmo nível de serviço e de cobertura que o SNS.
AD desfila em Alvalade com Assunção Esteves, Leonor Beleza e Manuel Monteiro
A Aliança Democrática (AD) desfilou hoje em Alvalade, Lisboa, com figuras do PSD como Assunção Esteves, Leonor Beleza, Paula Teixeira da Cruz e Teresa Leal Coelho e o antigo líder do CDS-PP Manuel Monteiro.
No fim desta ação de rua pela Avenida da Igreja, que durou cerca de meia hora, Luís Montenegro alertou que, apesar de nesta campanha estarem "todos muito otimistas", a coligação PSD/CDS-PP/PPM ainda não ganhou as eleições, e pediu a todos que se empenhem até domingo na mobilização de eleitores.
"E eu tenho a certeza que se nós dermos todo esse empenhamento, se nós dermos todo esse período de esclarecimento, a resposta vai surpreender Portugal", afirmou o presidente do PSD, falando a um microfone, no cimo de um banco.
Aos apoiantes concentrados naquele quarteirão da Avenida da Igreja, acrescentou: "Eu estou aqui para ganhar as eleições, é verdade, mas o que eu quero com espírito desta AD, o que eu quero com o espírito de unir Portugal é mesmo governar".
Luís Montenegro teve mais uma vez ao seu lado o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, enquanto o presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, continuou ausente das iniciativas da campanha nacional da AD.
Valdemar Almeida, vice-presidente do PPM, apareceu para dar um abraço a Luís Montenegro, mas depois não ficou ao seu lado durante o desfile.
Neste desfile esteve um familiar de Gonçalo da Câmara Pereira, também fadista, José da Câmara, que foi abordado pela comunicação social sobre a ausência do presidente do PPM, tema que não quis comentar.
Quando um jornalista lhe perguntou se esta candidatura tentou esconder o seu irmão, José da Câmara corrigiu-o: "Não é meu irmão, é primo afastado. Eu não sei nada disso mesmo, gosto muito do Gonçalo, ele segue a sua vida, eu estou aqui só a apoiar o Luís Montenegro".
Declarando-se independente e votante do PSD, José da Câmara disse ainda: "Gosto muito do Gonçalo, mas noutros locais, sou muito amigo dele, mas não aqui na política, na nossa vida de fados".
PAN defende que mulheres não podem ser "afastadas da vida pública" por serem mães
A porta-voz do PAN defendeu hoje que as mulheres não podem, "sistematicamente, ser afastadas da vida pública" por serem mães e o Dia Internacional da Mulher não deve servir apenas para receber flores.
"[O Dia da Mulher] é um dia em que não queremos apenas que nos ofereçam flores, queremos direitos. Queremos direito a ser mulheres, a ser mães, a termos também trabalho e a progredir na carreira, porque não podemos sistematicamente ser afastadas da vida pública e dos cargos, sejam eles de chefia ou até mesmo de especialidade, pelo fato de sermos mães e de podermos, em alguma circunstância da nossa vida, interromper o período laboral para exercer esse direito fundamental", afirmou Inês Sousa Real.
A cabeça de lista do PAN por Lisboa falava aos jornalistas junto ao Ministério da Saúde à margem de uma concentração de cerca de 30 enfermeiras que por terem sido mães foram excluídas da categoria de Enfermeiro Especialista.
As enfermeiras detentoras do título de Enfermeiro Especialista tinham direito a auferir um suplemento remuneratório no valor de 150 euros.
Mas no período de aplicação desta legislação, em 2018/2019, cerca de meia centena de enfermeiras que exercem funções no SNS, designadamente na ex-Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e noutros locais do país, estavam ausentes do seu local de trabalho porque estavam em licença parental.
"Há aqui uma grave violação dos direitos laborais e humanos. Estamos a falar de mulheres que foram mães e que, por força da licença de maternidade, viram prejudicado o seu direito à integração e ao reconhecimento como especialistas", salientou Inês Sousa Real.
"No entender do Pessoas-Animais-Natureza não faz qualquer sentido que haja este prejuízo por força de um direito fundamental que é o direito a constituir família e a maternidade e que o Ministério da Saúde, em particular o secretário de Estado e o ministro da Saúde, ainda não tenham assinado despacho que reconhece a estas mulheres o direito não só à sua integração, enquanto enfermeiras especialistas, mas também aos retroativos que o próprio CIT [contrato individual de trabalho] já reconheceu que têm direito", sustentou.
Inês Sousa Real voltou a recordar a igualdade e os diretos das mulheres faz parte do "ADN do PAN".
"Nós temos estado ao lado daquilo que tem sido o reconhecimento dos direitos quer laborais, quer de equiparação da licença parental, para que possamos promover uma sociedade verdadeiramente mais igualitária", destacou a líder do PAN, deixando críticas a "forças mais conservadoras como a Aliança Democrática" por "violações grosseiras" aos direitos das mulheres.
Raimundo avisa que direita pode colocar direitos das mulheres em risco
O secretário-geral do PCP aproveitou hoje o Dia Internacional da Mulher para avisar que uma eventual viragem à direita nas eleições legislativas de domingo pode colocar em risco os direitos das mulheres.
"Os direitos das mulheres não são nem podem ser assegurados, como se vê todos os dias, na prática, pela política de direita, venha ela de onde vier", afirmou Paulo Raimundo, numa sessão evocativa do Dia Internacional da Mulher, realizada em Vila Nova de Gaia.
Para o líder da CDU, a recente polémica sobre uma eventual reabertura da discussão de um referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez foi um exemplo do que a direita pode fazer em caso de vitória no domingo.
"O que alguns querem é mesmo retomar o projeto que interrompemos em 2015, bem como o caminho da interrupção voluntária da gravidez. Não tivesse sido a luta das mulheres e o papel determinante da CDU para correr para fora do poder o PSD e o CDS, mas também aqueles que estão hoje no Chega e na IL, e esse projeto tinha ganhado mais asas e estaríamos hoje em pleno retrocesso", salientou.
No último dia da campanha eleitoral, que a CDU encerra a norte com duas iniciativas no distrito do Porto e um comício de encerramento no distrito de Braga, o líder comunista atirou ainda aos outros partidos por, no seu entender, apenas hoje se preocuparem com a igualdade, denunciando também o fosso salarial entre homens e mulheres.
"Todos enchem e vão encher hoje a boca com a igualdade, mas, na prática, pelas suas opções, todos eles são responsáveis pela situação a que chegámos. Hoje, estamos perante um alargar da discriminação salarial entre homens e mulheres. Não há nada que justifique isto; resolvendo isto, resolvemos uma parte importante da igualdade e dos problemas. A trabalho igual, salário igual. Isto, sim, é também cumprir Abril", referiu.
Considerando o Dia Internacional da Mulher "um dia de festa", Paulo Raimundo descreveu perante cerca de 150 pessoas a CDU como "a força da mulher" e enalteceu a importância das mulheres no funcionamento do país, elogiando-lhes a "fibra", apesar dos maiores obstáculos que enfrentam diariamente.
"É também um dia de festa de quem sabe que ainda falta tanto e tanto para concretizar. (...) Têm mesmo de ser respeitadas e valorizadas pelo papel único e determinante que têm no dia a dia do nosso país", observou, apelando diretamente ao seu voto: "No domingo, quando cada mulher chegar à cabine de voto, sem preconceitos e liberta da operação de condicionamento que todos os dias nos entra pela casa adentro, a única opção de voto que tem é na CDU".
De acordo com o secretário-geral do PCP, a luta pelos direitos das mulheres "é também uma luta pela democracia", reiterando a necessidade de consagrar uma igualdade efetiva entre homens e mulheres.
"Quem acha que pode haver democracia plena sem a plenitude de direitos das mulheres está muito enganado. Estas mulheres que dão, como sempre deram, um contributo fundamental para criar riqueza e pôr o país a funcionar. Não há nenhum setor em que as mulheres não estejam na primeira linha de ação", concluiu.
Rui Rocha adverte que voto de protesto não vai ser útil nem contribuir para formar governo
O presidente da Iniciativa Liberal disse hoje entender que as pessoas estejam desiludidas e zangadas, mas defendeu que o voto de protesto não vai contribuir para nenhuma solução governativa, nem vai ser útil.
No último dia de campanha para as eleições legislativas de domingo, e em frente ao Hospital de Leiria onde falou de saúde, Rui Rocha alertou os eleitores que, neste momento, o voto de protesto não é útil porque não enquadra, nem integra nenhuma solução possível para o país, depois de questionado sobre uma notícia de hoje do Expresso que adianta que "o Presidente [da República] aceitará apoio de André Ventura a um eventual governo, mas afasta a sua entrada no executivo".
"Não há, tanto quanto eu conheço, uma declaração do próprio senhor Presidente. É, enfim, uma posição que é conhecida e que lhe é atribuída. Independentemente de avaliarmos essa intervenção, nos termos em que ela eventualmente tenha sido feita, diria que o fundamental é que os cenários estejam muito claros nesta altura", afirmou o dirigente liberal.
A três dias das eleições, Rui Rocha insistiu, tal como o tem feito ao longo da campanha eleitoral, na necessidade dos partidos políticos clarificarem o que vão fazer após domingo para que os portugueses possam decidir o seu voto com conhecimento de todas as condicionantes.
"Nós sabemos que há pessoas que decidiram fazer um voto de protesto e, neste momento, é claro que esse voto de protesto não contribui para nenhuma solução, é um voto que não vai ser útil", atirou.
Dizendo entender que as pessoas estejam desiludidas e zangadas com o que consideram ser o estado do país, Rui Rocha ressalvou que, apesar desse estado de espírito, devem optar por participar na solução para Portugal fazendo com que o seu voto não seja tornado inútil pelas circunstâncias.
E acrescentou: "O voto de protesto pode ser transformado no voto útil canalizando-o para quem quer mudar o país e, portanto, é um voto que pode ter voz neste momento".
E, num apelo ao voto, Rui Rocha insistiu que o "único voto que muda realmente o país é o voto na IL".
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
Pedro Nuno pede que votos se concentrem no PS e não se dispersem pela esquerda
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, pediu hoje a quem quer derrotar a Aliança Democrática (AD) no domingo, nas eleições legislativas, que concentre os votos nos socialistas e não os dispersem à esquerda.
Esta posição foi transmitida por Pedro Nuno Santos no final de uma arruada em Moscavide, concelho de Loures, ocasião em que também desvalorizou os cenários eleitorais que, segundo o semanário Expresso, estão já na cabeça do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, designadamente se houver uma maioria AD/Iniciativa Liberal, sem o Chega.
Porém, para o secretário-geral do PS, o Presidente da República "não vai ter essa preocupação".
"O que vai ter é uma vitória do PS no domingo.", contrapôs, já depois de ter falado ao jornalistas sobre o que, na sua perspetiva, se joga fundamentalmente nas eleições de domingo.
"Precisamos do máximo de votos possível para derrotar a direita, sem dispersar votos à esquerda. Precisamos mesmo de derrotar a direita e isso só se faz com o voto no PS. Estou a pedir o melhor resultado possível, uma maioria para podermos governar e termos estabilidade em Portugal", justificou.
Já no final da tradicional arruada socialista em Moscavide, iniciativa que aos socialistas serve normalmente como um aquecimento para a descida do Chiado ao início da tarde, Pedro Nuno Santos reiterou essa mensagem: "Que ninguém se engane, só vamos conseguir continuar a aprofundar os direitos das mulheres, dos trabalhadores e dos jovens se o PS ganhar as eleições".
"Não dispersemos os votos, porque esta eleição é demasiado importante. Vamos concentrar o nosso voto no PS, porque este partido é e será sempre um porto seguro para os portugueses", sustentou.
O secretário-geral do PS voltou a assumir que sabe que "há quem esteja insatisfeito, mas é importante que haja consciência que não é na AD que essas pessoas encontram as soluções".
Neste contexto, insistiu no seu dualismo entre mudança boa, a do PS, e mudança má, a da AD.
"A mudança que a AD promete é uma mudança para o passado. Nós queremos avançar e queremos que aqueles que confiaram no PS em 2019 e 2022 não se esqueçam da forma como nós conseguimos ultrapassar as crises da pandemia [da covid-19] e da inflação sem atingir quem trabalha, sem atingir os pensionistas e os reformados", salientou.
A ação de campanha ficou também marcada por um pequeno incidente quando um professor, aparentemente um que se tem queixado de dormir num automóvel em Elvas por falta de condições financeiras, se tentou aproximar do líder socialista.
O professor, aparentemente algo exaltado, pediu um minuto de atenção a Pedro Nuno Santos, mas o líder socialista afastou-se dele. Os elementos que rodeiam o secretário-geral do PS travaram depois o professor na sua tentativa de aproximação ao líder e o desfile prosseguiu pelas ruas centrais de Moscavide.
Ao lado de Pedro Nuno Santos, esteve o presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, a cabeça de lista socialista por Lisboa, Mariana Vieira da Silva, a vice-presidente da Assembleia da República Edite Estrela, deputados como Marcos Perestrello e Isabel Moreira, e a eurodeputada Margarida Marques.
No final da arruada, a ministra da Presidência surpreendeu quando pegou num microfone e com elevada descontração declarou: "Votem no PS".
"Somos tantos, tantos, tantos com Pedro Nuno Santos", disse.
A seguir, já com alguma chuva, Ricardo Leão referiu-se aos tempos em que Pedro Nuno Santos desempenhou funções governativas.
"Esteve sempre perto dos presidente de Câmara, sempre que se lhe pediu alguma coisa atendeu o telefone, marcava reuniões e resolvia. É um homem destes que precisamos como primeiro-ministro", acrescentou.
Número dois do Livre por Lisboa avisa que "direitos das mulheres estão sob ameaça"
A 'número dois' do Livre por Lisboa e deputada municipal, Isabel Mendes Lopes, alertou hoje que "os direitos das mulheres estão ameaçados nestas eleições", dirigindo duras críticas ao presidente do PSD sobre esta matéria.
"Estas são eleições onde os direitos das mulheres estão ameaçados e não podemos ignorar isso. Avançámos tanto desde o 25 de Abril e, por isso, não aceitamos voltar atrás e não voltaremos atrás", defendeu a candidata nas legislativas antecipadas de domingo, que sucede ao porta-voz Rui Tavares na lista pela capital.
Num comício no Teatro Thalia, última ação de campanha do Livre em Lisboa, Isabel Mendes Lopes considerou que as ameaças aos direitos das mulheres "não vêm só da extrema-direita", mas também da direita, apontando baterias à Aliança Democrática (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM).
A dirigente criticou as declarações conhecidas do presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, depreciativas das mulheres, e as do vice-presidente do CDS-PP Paulo Núncio, quarto candidato da AD por Lisboa, que defendeu um novo referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez - ideia que foi rapidamente afastada quer por Nuno Melo, quer por Luís Montenegro.
"Ontem [quarta-feira] Luís Montenegro disse que a AD olha para as mulheres, mas nós não queremos que olhem para nós, nós queremos estar lá. É isso que queremos dizer aos senhores da AD, é que o lugar das mulheres, e também das meninas, é também na política", defendeu a deputada municipal na autarquia de Lisboa.
As críticas à direita estenderam-se também à Iniciativa Liberal, partido que acusou de egoísmo: "Uma liberdade que não é partilhada não é liberdade, é egoísmo, e é essa a base da IL".
A engenheira civil saiu ainda em defesa das quotas para as mulheres na política, argumentando que "as quotas são a sociedade a pôr o pé na porta e a dizer que não, esta porta não se pode fechar".
A dirigente defendeu medidas do Livre como a implementação da semana de quatro dias de trabalho, o alargamento das licenças de parentalidade com mais tempo repartido e partilhado entre pais e mães e a erradicação da pobreza como fenómeno estrutural em Portugal.
Antes, o cabeça-de-lista por Setúbal, Paulo Muacho, avisou que a "política do ódio conservadora e controladora custa vidas".
"Para nós pessoas LGBT ela custa vidas quando querem retroceder os nossos direitos. Para as mulheres custa vidas quando querem ameaçar o direito ao aborto e ao planeamento familiar. Para as pessoas migrantes ela custa vidas quando querem acabar com os caminhos seguros e legais de entrada no país", defendeu.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
Raimundo incita "desiludidos" a confiar na "seriedade e coerência" da CDU
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, incitou na quinta-feira os "justamente desiludidos" entre a sociedade portuguesa a confiar na CDU o voto nas eleições legislativas de domingo, invocando a "seriedade e coerência" da força política.
Num comício no Seixal com cerca de 800 pessoas presentes, apesar do mau tempo que se fazia sentir, com o vento e a chuva a agitarem no exterior a tenda gigante, o líder comunista lembrou a necessidade de conseguir cativar os indecisos para a escolha da Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV).
"Ainda há muita gente indecisa com a qual temos de conversar. Cada um terá as suas razões, mas arrisco dizer que está presente nessa indecisão a justa desilusão com anos de promessas não cumpridas", admitiu Paulo Raimundo.
E, enfatizando a diferença da "força que faz o que diz e que diz o que faz", salientou: "Para aqueles que estão desiludidos, confiem na palavra, na seriedade e na coerência da CDU".
O líder comunista voltou a dramatizar o apelo ao voto a cerca de 24 horas do encerramento da campanha eleitoral, ao recordar que "mais força, mais votos e mais deputados" da CDU serão sinónimo da adoção de medidas "que servem os trabalhadores", invocando uma vez mais a redução do valor do passe intermodal durante o período da 'geringonça' (2015-2019).
"É a CDU a força de protesto e a força que tem as respostas que servem para resolver os problemas. E quando cada um chegar à cabine de voto, se refletir sem preconceitos e pensar por si, liberto da operação de condicionamento que a toda a hora nos entra pelos olhos adentro, então o seu voto será para si, o seu voto só poderá ser na CDU", reiterou.
Suportando as propostas do PCP no espírito do 25 de Abril, Paulo Raimundo lembrou as conquistas e os princípios que considera ainda estarem por concretizar na sua plenitude, numa intervenção na qual voltou a contar com a companhia dos principais candidatos da CDU pelo distrito de Setúbal, nomeadamente os três primeiros nomes da lista: Paula Santos, Bruno Dias e Heloísa Apolónia.
"O mínimo que propomos é que se cumpra o máximo de Abril. É pedir muito? Não", observou o secretário-geral do PCP, reforçando: "Aqui está a CDU, o porto seguro dos democratas. A força que nunca desertou nem nunca vai desertar".
A CDU encerra esta sexta-feira a campanha no norte do país, com duas iniciativas no distrito do Porto durante o dia e o último comício no distrito de Braga, tal como ocorreu em 2022.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
Mortágua pede aos indecisos e zangados que não desistam e levem a sua vida ao voto
A coordenadora do BE pediu na quinta-feira aos indecisos e a quem está zangado para que não desistam e levem a sua vida "até ao voto", considerando que "o maior de todos os lucros extraordinários é a discriminação das mulheres".
Mariana Mortágua terminou na quinta-feira à noite o penúltimo comício da campanha, na Alfândega do Porto, com um derradeiro apelo ao voto para as eleições de domingo.
"A tanta gente indecisa, a tanta gente zangada, a tanta gente que se pergunta vale a pena ir votar eu peço-vos que não desistam, que levem a vossa vida até ao voto", pediu.
Neste momento, discursou como se estivesse a falar diretamente com cada uma das pessoas que a pudessem estar a ouvir: "decide sobre a tua vida, vota no Bloco de Esquerda".
Mortágua pediu que as pessoas levassem para a mesa de voto consigo no domingo as dificuldades que todos os dias enfrentam com o salário, a habitação, a saúde ou emergência climática ou a igualdade.
Antes, o discurso da líder do BE tinha sido focado precisamente na desigualdade salarial entre homens e mulheres, ironizando que a plateia ficaria desiludida "se acabasse esta campanha sem apresentar umas contas".
"Se considerarmos todas as mulheres que trabalham, com mais ou menos qualificações, estas diferenças salariais querem dizer que a desigualdade poupa às empresas em Portugal sete mil milhões de euros em salários, tirados às mulheres, ao salário das mulheres para engrossar lucros extraordinários na nossa economia", contabilizou.
Para lá de todos os lucros extraordinários que as grandes empresas acumulam em Portugal, "o maior de todos", segundo Mortágua, "é a discriminação das mulheres", uma desigualdade que se estende às pensões porque o "valor médio de uma pensão de velhice dos homens é 50% acima de uma pensão média de uma mulher".
"O deles é pobre depois de uma vida de trabalho, o delas é muito pobre depois de uma vida de mais trabalho", lamentou.
Nas contas da coordenadora do BE, "toda a gente perde com esta discriminação, exceto quem não paga o que devia pagar", considerando que a campanha dos bloquistas é que mais se bate "pela igualdade e pelo respeito".
"Quando peço às mulheres que votem como mulheres é porque a sua voz se fará ouvir em todo o país e é a voz da igualdade. Queremos toda a gente igual em direitos e deveres e a quem nos diz -- e isto acontece - que esta desigualdade acontece, que estes lucros extraordinários acontecem por causa do mérito que elas não teriam, eu respondo: Não se atrevam a insultar-nos", avisou.
Para a dirigente bloquista, "a desigualdade, o privilégio, a prepotência nunca foram nem nunca serão mérito", sendo este abuso da desigualdade "uma vergonha para Portugal e para a democracia".
A pouco mais de 24 horas do período de campanha terminar, Mariana fez uma espécie de viagem por aquilo que foi esta corrida eleitoral de norte a sul do país, elencando as principais causas pelas quais o partido se bateu.
"Leva a tua cabeça erguida, a tua esperança, a tua liberdade e vota no Bloco de Esquerda. Decide", pediu, apelando a um voto de "todos por todos".
Mortágua deixou claro que o voto é o único momento da vida "em que toda a pessoa tem a mesma cruz num papel que um milionário".
"Quando dizemos o que pensamos, nunca haverá ninguém que mande em nós", enfatizou.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
PAN garante que nunca aceitará Governo dependente da extrema-direita
A porta-voz do PAN afirmou na quinta-feira que o partido nunca aceitará um Governo que "coloque a extrema-direita populista e antidemocrática" como solução, apelando ao voto no próximo domingo.
"Nunca aceitaremos uma solução que direta ou indiretamente coloque a extrema-direita populista e antidemocrática na equação. Deixámos isso bem claro e continuamos a deixar", realçou Inês Sousa Real, durante do jantar de encerramento da campanha do partido numa unidade hoteleira em Lisboa, que juntou cerca de 300 pessoas.
De acordo com a cabeça de lista do PAN por Lisboa, o partido mostrou que "tem responsabilidade, mas que não passa cheques em branco ao Governo, sobretudo, quando está em causa Portugal e os cidadãos".
"Deixámos claro que serão os partidos em melhores condições para governar que terão de dizer em que medida se aproximam do PAN e não o contrário. Não somos nós que cedemos, porque as nossas causas e valores são irrenunciáveis. Somos absolutamente irredutíveis com qualquer retrocesso por mais pequeno que possa ser, tal como fizemos na Madeira", precisou.
A ambição de voltar a ter um grupo parlamentar e a afirmação como principal força progressista com políticas verdes marcaram a campanha do PAN, disse Inês Sousa Real, que criticou o que chamou de conservadorismo da AD e de falta de obra feita do PS.
"Temos que nos lembrar também que o PS, da sua maioria absoluta, foi o partido que ainda este ano aumentou em 25% o valor dos subsídios perversos para que as grandes poluentes possam continuar a usar combustíveis fósseis e aumentar as emissões do nosso país. Quem mais lucra e mais polui continua a beneficiar de borlas fiscais", acusou.
A líder do PAN lembrou também Eduardo Oliveira e Sousa, candidato da AD por Santarém, criticando-o por ser "um rosto do negacionismo climático, cujo programa político significaria um retrocesso e um aumento escandaloso das emissões" que levaria Portugal ao incumprimento do Pacto Ecológico Europeu e do Acordo de Paris.
Inês Sousa Real recordou ainda Gonçalo da Câmara Pereira, líder do PPM em coligação com PSD e CDS, que "deveria estar numa candidatura em 1979 e não em 2024".
"É embaraçoso, pois é, mas não deixamos que se esqueçam. O candidato da coligação em Lisboa, que defende que as mulheres nasceram para lavar a loiça ou até mesmo Paulo Núncio, o número dois da AD em Lisboa, que defende que um novo referendo para a Interrupção Voluntária da Gravidez é possível, algo que representa um retrocesso de quase 20 anos no nosso país", frisou.
A líder do PAN deixou ainda críticas ao cabeça de lista do Chega por Aveiro.
"Os populistas também têm grandes pérolas e não esquecemos que Pedro Alves, cabeça de lista do chega em Aveiro, é um condenado por violência doméstica, mas depois batem no peito e dizem que são contra a corrupção são contra a violência", disse.
Disparando em várias direções, Inês Sousa Real não esqueceu a Iniciativa Liberal e o Livre, dizendo que esses dois partidos continuam a "achar que a energia nuclear é a solução para atingir a neutralidade carbónica, mesmo sabendo a quantidade de água e o risco que existe na utilização destas energias".
"Foi o PAN que conseguiu aprovar a lei do clima, com metas vinculativas e novos direitos ambientais, foi o PAN que garantiu medidas de combate à seca, alterando a lei da água", recordou.
"É o PAN que, neste momento, tem que a garantia que vamos conseguir nos primeiros 100 dias de legislatura cumprir todas as disposições da lei do clima que o PS não cumpriu", prosseguiu, acrescentando que "quer eliminar todos os subsídios públicos aos combustíveis fósseis e à tauromaquia, canalizando estas verbas para produções de energias renováveis".
Depois de ter conseguido eleger André Silva em 2015, o PAN assegurou quatro lugares no parlamento em 2019, mas voltou a ter um único representante após as legislativas de 2022.
Durante a campanha, dois membros do PAN eleitos para a Assembleia Municipal de Faro anunciarem a desfiliação, acusando a direção nacional de estar cada vez mais distante dos seus princípios orientadores.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
Ventura quer "bastião Chega" de Setúbal até ao Algarve
O presidente do Chega afirmou, na noite de quinta-feira, que os territórios de Setúbal ao Algarve vão passar a ser "bastiões Chega" e disse querer que domingo fique na história como o dia da vitória "dos portugueses de bem sobre a bandidagem".
André Ventura discursava no final de um jantar/comício no concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal.
"Se um dia esta terra foi um bastião vermelho daqui até ao Algarve, há uma coisa que tenho a certeza que vai acontecer no dia 10 à noite. Independentemente do resultado final, uma coisa é certa e segura, de Setúbal até ao Algarve será bastião Chega a partir do dia 10 de março", afirmou.
"O Sul será todo nosso, e será o início de uma reconquista invertida" para "correr com socialistas e comunistas", acrescentou o líder do Chega.
André Ventura acusou os comunistas de "traírem aqueles que trabalham", e voltou ao ataque à "subsidiodependência", alegando que "hoje ganha-se mais sem trabalhar do que a trabalhar".
"Hoje somos nós o partido dos trabalhadores verdadeiramente", defendeu. Durante o período oficial de campanha, Ventura não teve nenhuma ação com trabalhadores.
O líder do Chega defendeu também que "nunca na história um partido esteve tão perto de derrubar a monarquia" de PS e PSD e reiterou que está confiante de que vai vencer as eleições.
"Nunca estivemos tão perto, deixem-me substituir a palavra, de derrubar a tirania destes dois partidos", acrescentou.
Sustentando que "votar no PSD, votar no PS vai ser exatamente o mesmo", Ventura afirmou que "Montenegro não fará diferente de António Costa, Pedro Nuno Santos fará pior ainda do que António Costa" e, se se juntar "a isso a Mortágua e o Raimundo", ficará "ainda pior para Portugal".
"Depois do 25 de Abril, do 25 de Novembro, de datas tão importantes da nossa história, eu gostaria que o 10 de março ficasse para sempre na nossa história como a data definitiva, incontornável, absoluta da vitória dos portugueses de bem sobre a bandidagem, da vitória do país normal sobre o comunismo e sobre o socialismo, da vitória do país profundo sobre as elites, da vitória dos portugueses sobre aqueles que nos roubaram ao longo dos últimos 50 anos", afirmou.
André Ventura falou também dos retornados e ex-combatentes, acusando o antigo Presidente da República Mário Soares de ser "responsável por uma desgraça humana enorme que se abateu sobre o país" e apontou que "esta eleição é um ajuste de contas com a História".
"Foram precisos 50 anos, mas o tempo chegou", salientou.
Aproveitando estar a poucos quilómetros de Sines, local escolhido para a construção do centro de dados (Data Center) relacionado com a Operação Influencer, que levou à demissão do primeiro-ministro e marcação destas eleições, o líder do Chega acusou os outros partidos de não falarem de corrupção.
"Apesar de termos um governo que caiu por alegadamente ter sido corrompido, manietado, condicionado, ninguém achou que este era um tema importante na campanha", lamentou, apontando que "só o Chega falou de corrupção".
Ventura acusou PS e PSD de representarem "o pior que o país teve nos últimos 50 anos".
O líder do Chega criticou ainda o PS por ter escolhido para encabeçar o círculo de Setúbal a ministra Ana Catarina Mendes e na mesma lista estar também o irmão e secretário de Estado António Mendonça Mendes, considerando ser um exemplo do "pior nepotismo que a política portuguesa produziu nos últimos anos".
No início do seu discurso, o presidente do Chega fez questão de deixar um elogio à cabeça de lista por Setúbal, afirmando que Rita Matias "é uma estrela, é o futuro" e "uma mais-valia enorme", além de "uma das figuras maiores do Chega".
A candidata e líder da juventude, que foi eleita deputada pelo círculo de Lisboa nas últimas legislativas, em 2022, também criticou a candidata do PS considerando que em "matéria de política pública não tem currículo, tem cadastro", dando como exemplos a juventude, imigração ou igualdade de género.
Rui Rocha está convencido que a mudança de ciclo político está próxima
O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, acredita que no domingo Portugal vai ter uma mudança de ciclo político, insistindo que a decisão dessa alteração está nas mãos dos portugueses.
Depois de dedicar o dia aos distritos de Braga, de onde é natural e cabeça de lista, e do Porto, onde realizou uma arruada, Rui Rocha foi até Coimbra dizer que domingo, dia de eleições legislativas, "é o momento" dos eleitores dizerem que mudança querem para Portugal.
E acrescentou: "Se querem mudança a sério a votação tem de ser na IL".
Na reta final da campanha para as eleições legislativas, Rui Rocha foi até ao centro de Coimbra, quando passava já das 00:30, contactar com estudantes e reafirmar, como o tem vindo a fazer nos últimos dias, que a IL "quer efetivamente mudar o país".
"Eu creio que há duas questões fundamentais também para nós que é a questão dos indecisos e de os convencer de que o voto na IL é o voto que vale a pena para mudar Portugal e o voto de protesto que é um voto que tem de decidir se quer ficar pelo protesto ou se quer contribuir para mudar realmente o país", frisou.
Questionado ainda sobre a sondagem da Universidade Católica para o jornal Público e a RTP, que foi divulgada na quinta-feira e que dá a vitória à AD e a IL como quarta força política, Rui Rocha reiterou, tal como já o havia feito noutras ocasiões, de que não fica entusiasmado quando os resultados são mais favoráveis e perturbado quando são menos bons.
"Estamos já em vésperas da eleição e mais do que as sondagens, nesta altura, é mesmo esperar pela decisão dos portugueses e estou convencido que vamos ter uma mudança de ciclo político", afirmou.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
PS e AD concentram esforços do último dia de campanha em Lisboa
Os líderes do PS e da AD vão concentrar o último dia de campanha em Lisboa, com as habituais arruadas e comícios de encerramento, mas com algumas adaptações devido às previsões de mau tempo.
O secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, vai iniciar o dia com uma arruada em Moscavide (Loures), a que se segue o habitual almoço na cervejaria Trindade (Lisboa) e a descida do Chiado, partindo depois para um comício em Almada (distrito de Setúbal) e terminando a campanha com uma festa de encerramento na capital.
Já o presidente do PSD, Luís Montenegro, conta com uma agenda totalmente dedicada ao concelho de Lisboa, estando prevista uma arruada na Avenida da Igreja, um almoço alusivo ao Dia da Mulher, um comício no Campo Pequeno e uma festa da juventude, no Capitólio, tendo sido cancelada a arruada no Chiado, por razões climatéricas.
O presidente do Chega, André Ventura, vai ter uma iniciativa à hora de almoço no distrito de Setúbal, seguindo depois para o Lisboa, onde realizará uma arruada também na zona do Chiado e participa no encerramento da campanha com um concerto de Quim Barreiros.
Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, vai começar o dia na cidade de Leira e, já em Lisboa, participará numa arruada na Avenida da Liberdade e encerrará a campanha ao início da noite no LX Factory.
Por seu turno, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, vai dedicar o último dia campanha à zona Norte do país, tendo agendada uma iniciativa evocativa do Dia da Mulher no concelho de Vila Nova de Gaia, um desfile da CDU no Porto e um comício de encerramento em Braga.
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, vai passar o último dia de campanha na cidade de Lisboa, onde visitará uma exposição, participará na manifestação do Dia Internacional das Mulheres e num jantar de encerramento.
Entre outras iniciativas, Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, tenciona juntar-se a uma manifestação de enfermeiras em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, visitar um Centro de Recolha Oficial de Animais em Oeiras e participar numa marcha para assinalar o Dia da Mulher.
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, vai passar o dia na cidade do Porto, onde tem previstas ações para assinalar o Dia da Mulher e uma festa comício de encerramento da campanha do partido.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
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Pedro Nuno promete valorizar mulheres e defende que principais avanços foram com o PS
O secretário-geral do PS assinalou o Dia Internacional da Mulher com uma mensagem em que promete continuar a valorizar e ampliar os seus direitos e defende que os principais avanços se concretizaram com os socialistas.
Esta mensagem de Pedro Nuno Santos foi publicada nas redes sociais do PS no último dia de campanha para as eleições legislativas de domingo.
"Hoje é o Dia Internacional da Mulher e neste dia celebramos as conquistas que as mulheres conseguiram ao longo de décadas em Portugal. Mas também queremos apontar para o futuro para o que ainda falta para o futuro", refere o secretário-geral socialista.
Numa alusão crítica aos partidos à direita dos socialistas, Pedro Nuno Santos afirma depois que, para o PS, "as mulheres não são tema de campanha, não são uma nota de rodapé, são uma luta diária de décadas".
"As maiores conquistas e avanços foram conseguidos com o PS - e assim continuará a ser no futuro. Nós queremos estar ao lado das mulheres do nosso país, das mulheres que construíram este país com muita luta, que permitem que o país avence, porque fazem aquilo que ninguém faz", sustenta.
Na mesma mensagem, Pedro Nuno Santos realça que um dos seus principais objetivos será fazer com que as mulheres tenham uma vida melhor, "para que possam progredir nas suas carreiras, para que tenham salários iguais aos homens, para que sejam respeitadas".
"Este é um compromisso nosso, sério, sentido de coração. Ele é racional mas também de coração que nós fazemos este combate pelas mulheres portuguesas. O PS esteve sempre com elas, no passado, no presente e no futuro. Sempre com muito respeito para as valorizar", acrescentou.
Na reta final desta campanha eleitoral, o secretário-geral do PS tem procurado fazer uma linha de distinção face à Aliança Democrática (AD) no campo das políticas para ampliar os direitos das mulheres e tem acusado as correntes conservadoras, sobretudo ligadas ao CDS, de pretenderem retomar a questão do aborto com a realização de um novo referendo.