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Legionella: Passos rejeita negligência do Estado e promete apuramento de responsabilidades

O primeiro-ministro defendeu hoje que "se há coisa de que não podem acusar o Governo é de não governar", reagindo desta forma à acusação de socialista António Costa de que o executivo está a fazer oposição à oposição.

11 de Novembro de 2014 às 21:54
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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que o surto de legionella "não ocorreu por negligência do Estado", deixando a garantia de que as responsabilidades sobre a origem do problema serão apuradas.

 

Pedro Passos Coelho falava aos jornalistas após a inauguração do Complexo Social do Centro Social de S. Martinho de Aldoar, no Porto.

 

Quando questionado sobre o surto de legionella, o chefe do Governo respondeu que está "a entrar em declínio", sublinhando a necessidade de continuar a prestar "todo o auxílio a todas as pessoas que precisam dessa assistência".

 

"A responsabilidade sobre a origem do problema será apurada e será transmitida com transparência", afiançou, manifestando a esperança de que "este caso possa funcionar de forma profiláctica", já que houve muitas pessoas que foram atingidas por um problema de saúde pública.

 

Sobre a responsabilidade política do executivo, por ter feito uma alteração á lei relativa às inspecções em 2013, Passos Coelho explicou que essa mudança legal "foi feita justamente para reforçar a capacidade de inspecção e de prevenção destes casos", deixando claro que "esta situação não ocorreu por negligência do Estado".

 

Segundo o jornal Público, no ano passado, o Governo alterou legislação de 2006 que obrigava lares, hospitais, centros comerciais e outros edifícios a realizarem auditorias periódicas à qualidade do ar, eliminando essa obrigatoriedade. Desde então, o cumprimento das normas nesta matéria é verificado pela Inspecção-geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território.

 

Passos Coelho disse ainda que os ministros da Saúde e do Ambiente "têm feito aquilo que, em termos de comunicação, é essencial, que é dar ao país a informação o mais fiel possível" sobre o que se apurou relativamente à origem do surto e "passar uma mensagem de tranquilidade às pessoas".

 

"Sabemos que existe uma fonte mais proeminente que fez a propagação desta bactéria. Não está excluído que possam existir ainda outras fontes, embora que não tenham a mesma dimensão e a mesma importância", acrescentou.

 

Passos Coelho esclareceu que averiguações, inquéritos e responsabilização que possa eventualmente existir na origem deste problema terão de aguardar "o tempo que é necessário".

 

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) revelou hoje que foram identificados até agora 278 doentes infectados com legionella, mantendo-se as cinco vítimas mortais reportadas na segunda-feira.

 

Em comunicado, a DGS indica que, com ligação ao surto de Vila Franca de Xira, foram reportados 45 novos casos desde segunda-feira.

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