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Jerónimo não afasta nova geringonça e acusa direita económica pela polémica em Loures
Em entrevista à Antena 1, o secretário-geral comunista volta a abrir a porta a uma nova maioria parlamentar de esquerda depois das próximas legislativas. Contudo, tal possibilidade só pode ser considerada em função dos resultados. Jerónimo de Sousa acusa a direita económica de operação concertada para prejudicar o PCP.
Em entrevista à Antena 1, o secretário-geral comunista considera que a atual legislatura permitiu "avanços" em diversas áreas precisamente devido à geringonça, pelo que esta é uma solução que pode repetir-se se a aritmética parlamentar resultante das próximas eleições assim o permitir. Note-se que, noutras ocasiões, Jerónimo de Sousa chegou mesmo a admitir uma geringonça 2.0, embora sem compromissos escritos, possibilidade que também o Presidente da República admitiu.
Quanto aos enfermeiros, Jerónimo de Sousa reconhece que a greve desta ordem profissional é mal vista pela generalidade da opinião pública e sublinha que os grandes beneficiários da mesma foram até agora os grupos privados que operam no setor da saúde. O líder comunista rejeita, porém, emitir juízos de valor acerca do modo de financiamento destas greves.
Já em relação à situação que se vive na Venezuela, mantém a defesa da soberania venezuelana e volta a acusar os países que defendem o derrube do regime liderado por Nicolás Maduro de estarem a apoiar as intenções dos Estados Unidos.
Jerónimo de Sousa falou também do seu próprio futuro e assegurou que continua com força para completar o seu mandato como líder dos comunistas que termina em 2020. Se permanece como secretário-geral depois do congresso de 2020 é uma reflexão a fazer na altura própria.