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Independentistas catalães e polícia em confronto em Barcelona

Quase duzentas mil pessoas saíram à rua, em Barcelona, para o primeiro aniversário do referendo sobre a independência ilegalizado pelo Constitucional espanhol.

Reuters
01 de Outubro de 2018 às 21:44
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As ruas de Barcelona encheram-se, durante esta segunda-feira, de defensores da independência. No dia em que se celebrou o primeiro aniversário do referendo considerado ilegal pelo governo de Madrid, cerca de 180 mil pessoas, segundo o El País, desfilaram pelas ruas da cidade catalã com cartazes de apoio à independência e urnas idênticas às que foram usadas no referendo.

No final do desfile, os manifestantes cercaram o parlamento catalão e entraram em confronto com os Mossos (polícia local), que tentavam a todo o custo evitar que o cordão policial fosse quebrado. Ao mesmo tempo que lançaram ovos contra as autoridades, os manifestantes queimaram bandeiras espanholas. O referido jornal registou ainda algumas cargas policiais noutras zonas da cidade, assim como em Girona.








Os activistas independentistas começaram as manifestações logo pela manhã, bloqueando auto-estradas, linhas de caminho-de-ferro e várias artérias de Barcelona, enquanto exigiam a criação de uma República independente e a libertação do que chamam "presos políticos".

No passado dia 11 de Setembro, um milhão de pessoas, segundo a polícia municipal, participaram numa manifestação nas avenidas do centro de Barcelona por ocasião de "A Diada", o Dia da Catalunha. Dois dias antes, tinha havido confrontos entre polícias e independentistas, com um saldo de 24 feridos e dois detidos.

A 1 de Outubro de 2017, o governo regional então liderado por Carles Puigdemont, apoiado desde 2015 por uma maioria parlamentar de partidos separatistas, realizou um referendo que foi considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol.

O processo de independência foi interrompido a 27 de Outubro de 2017, quando o Governo central espanhol decidiu intervir na Comunidade Autónoma. As eleições regionais, que se realizaram a 21 de Dezembro último, voltaram a ser ganhas pelos partidos separatistas.

Nove dirigentes independentistas estão presos à espera de julgamento por delitos de rebelião, sedição e/ou peculato pelo seu envolvimento na tentativa separatista falhada. Os independentistas consideram que os detidos em prisões espanholas pelo seu envolvimento na tentativa de autodeterminação são "presos políticos".

O principal líder independentista, o ex-presidente da Generalitat Carles Puigdemont, vive exilado na Bélgica, depois de a Justiça espanhola não ter conseguido a sua extradição da Alemanha para ser julgado por crime de rebelião.

*com agência Lusa

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