Notícia
Hugo Soares remete esclarecimentos sobre liderança da bancada do PSD para "contexto parlamentar"
O líder da bancada social-democrata, Hugo Soares, remeteu quaisquer esclarecimentos sobre a sua continuidade no cargo para o "contexto parlamentar" e para o comunicado divulgado hoje pelo presidente eleito do PSD.
22 de Janeiro de 2018 às 18:22
"Eu percebo as vossas preocupações, percebo que as vossas perguntas sejam sobre isso. Sei bem que essa é uma matéria que preocupa o PSD, deve preocupar os militantes do PSD, mas sobre isso terei oportunidade de responder no contexto parlamentar, onde nos vamos encontrar durante a semana", disse, no decorrer de uma visita à StartUp Braga.
Hugo Soares falava poucas horas depois de o gabinete de Rui Rio divulgar um comunicado para esclarecer que a liderança do grupo parlamentar está "na plenitude das suas funções" até ao Congresso.
Em Braga, a propósito de um roteiro para a "valorização do conhecimento e da ligação do conhecimento às universidades", questionado pelos jornalistas sobre se a sua liderança no parlamento estava a prazo, Hugo Soares não respondeu às perguntas, refugiando-se no tema da visita à StartUp Braga.
Perante a insistência da pergunta e confrontado com o comunicado emitido ao início da tarde pelo gabinete de Rui Rio, recentemente eleito presidente do PSD, derrotando Pedro Santana Lopes (apoiado por Hugo Soares), o actual líder do PSD no parlamento voltou a não responder de forma directa sobre se a sua liderança está à disposição.
"O comunicado do Dr. Rui Rio é tão claro, tão claro que, se eu disser alguma coisa, desvia as atenções desse comunicado, o que eu não quero", salientou.
No referido comunicado, refere-se que Rio e Soares, hoje reunidos, terão concordado que a direcção da bancada na Assembleia da República deve manter-se "na plenitude das suas funções" até ao Congresso, que está marcado para Fevereiro.
"O presidente eleito do PSD transmitiu ao líder da bancada parlamentar que é da sua vontade garantir a estabilidade e a capacidade de intervenção do grupo parlamentar, desejando, por isso, que se consiga evitar qualquer foco de agitação, decorrente do período de transição de liderança que se está a viver até meados do próximo mês de Fevereiro", lê-se numa nota do gabinete de Rui Rio.
Segundo o texto, o presidente do grupo parlamentar "mostrou-se concordante com estes objectivos, assumindo ser também essa a sua leitura, no quadro da presente situação política do partido".
O futuro da liderança parlamentar do PSD tem estado no centro do debate interno no partido desde que Rui Rio venceu as eleições, em 13 de Janeiro, com os ex-líderes Marques Mendes e Manuela Ferreira Leite a defenderem que Hugo Soares, que apoiou Pedro Santana Lopes, deveria colocar o lugar à disposição.
Em entrevista à Antena 1 no início de Dezembro, questionado se as eleições internas poderiam ter implicações na direcção da bancada, Hugo Soares sublinhou que o seu mandato é de dois anos e que "quem elege a liderança do grupo parlamentar são os deputados".
No entanto, na mesma entrevista, acrescentou que não há lideranças parlamentares contra "a vontade determinada do presidente do partido", sobretudo se as linhas de orientação da futura comissão política forem "completamente antagónicas" com as da direcção da bancada.
Hugo Soares foi eleito em 19 de Julho do ano passado, para um mandato de dois anos, com 85,4% de votos, correspondentes a 76 votos favoráveis, 12 votos brancos e um nulo, sucedendo no cargo a Luís Montenegro, que atingiu o limite de três mandatos consecutivos.
Hugo Soares falava poucas horas depois de o gabinete de Rui Rio divulgar um comunicado para esclarecer que a liderança do grupo parlamentar está "na plenitude das suas funções" até ao Congresso.
Perante a insistência da pergunta e confrontado com o comunicado emitido ao início da tarde pelo gabinete de Rui Rio, recentemente eleito presidente do PSD, derrotando Pedro Santana Lopes (apoiado por Hugo Soares), o actual líder do PSD no parlamento voltou a não responder de forma directa sobre se a sua liderança está à disposição.
"O comunicado do Dr. Rui Rio é tão claro, tão claro que, se eu disser alguma coisa, desvia as atenções desse comunicado, o que eu não quero", salientou.
No referido comunicado, refere-se que Rio e Soares, hoje reunidos, terão concordado que a direcção da bancada na Assembleia da República deve manter-se "na plenitude das suas funções" até ao Congresso, que está marcado para Fevereiro.
"O presidente eleito do PSD transmitiu ao líder da bancada parlamentar que é da sua vontade garantir a estabilidade e a capacidade de intervenção do grupo parlamentar, desejando, por isso, que se consiga evitar qualquer foco de agitação, decorrente do período de transição de liderança que se está a viver até meados do próximo mês de Fevereiro", lê-se numa nota do gabinete de Rui Rio.
Segundo o texto, o presidente do grupo parlamentar "mostrou-se concordante com estes objectivos, assumindo ser também essa a sua leitura, no quadro da presente situação política do partido".
O futuro da liderança parlamentar do PSD tem estado no centro do debate interno no partido desde que Rui Rio venceu as eleições, em 13 de Janeiro, com os ex-líderes Marques Mendes e Manuela Ferreira Leite a defenderem que Hugo Soares, que apoiou Pedro Santana Lopes, deveria colocar o lugar à disposição.
Em entrevista à Antena 1 no início de Dezembro, questionado se as eleições internas poderiam ter implicações na direcção da bancada, Hugo Soares sublinhou que o seu mandato é de dois anos e que "quem elege a liderança do grupo parlamentar são os deputados".
No entanto, na mesma entrevista, acrescentou que não há lideranças parlamentares contra "a vontade determinada do presidente do partido", sobretudo se as linhas de orientação da futura comissão política forem "completamente antagónicas" com as da direcção da bancada.
Hugo Soares foi eleito em 19 de Julho do ano passado, para um mandato de dois anos, com 85,4% de votos, correspondentes a 76 votos favoráveis, 12 votos brancos e um nulo, sucedendo no cargo a Luís Montenegro, que atingiu o limite de três mandatos consecutivos.