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Homens de Clinton entre os candidatos para a Administração Obama

A principal prioridade de Barack Obama será a nomeação de um secretário do Tesouro e um chefe de gabinete da Casa Branca. Os principais candidatos são dois homens fortes da Administração Clinton, Lawrence Summers e Rahm Emanuel.

Homens de Clinton entre os candidatos para a Administração Obama
05 de Novembro de 2008 às 15:57
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A principal prioridade de Barack Obama será a nomeação de um secretário do Tesouro e um chefe de gabinete da Casa Branca. Os principais candidatos são dois homens fortes da Administração Clinton, Lawrence Summers e Rahm Emanuel.

Não é muito provável que o presidente recém-eleito consiga reunir um gabinete e respectivo pessoal em 10 dias, conforme houve quem aconselhasse, dizem as pessoas que debatarem este assunto com Obama nos últimos dias, citadas pela Bloomberg. De qualquer das formas, atendendo à grave crise e a duas guerras, Obama deverá ser mais rápido do que os seus dois antecessores na tomada das principais decisões pessoais.

Summers, 53, é o preferido para regressar ao cargo do Tesouro, que ocupou durante a presidência de Clinton, uma vez que Obama valoriza a sua experiência e familiaridade com os mercados e líderes mundiais, o que será um valioso activo durante a crise de mercado.

Ainda assim, pessoas próximas de Obama salientaram à Bloomberg que não foi ainda tomada uma decisão final e que Timothy Geithner, presidente da Reserva Federal de Nova Iorque, é também um forte candidato. Geithner seria também muito bem acolhido por muitas individualidades da comunidade financeira.

A primeira decisão de Obama poderá ser sobre quem vai liderar o gabinete da Casa Branca. “Um presidente deve escolher primeiro o chefe de gabinete da Casa Branca”, afirmou à Bloomberg um advogado e banqueiro da área de investimento, Vernon Jordan. “O chefe de gabinete deve estar envolvido no processo de selecção dos restantes membros do governo”, acrescentou.

Obama falou recentemente sobre este cargo com Emanuel, quarto representante democrata na Câmara dos Representantes e ex-assistente da Casa Branca na Administração Clinton. Espera-se que Emanuel, israelita nascido em Chicago, aceite as funções se for convidado.

A “ABC News” noticiou hoje, citando uma fonte anónima, que Obama já ofereceu o cargo a Emanuel mas que este ainda não respondeu.

Emanuel seria uma forte mais-valia, dados os seus conhecimentos sobre política e políticas, bem como sobre a forma como Washington funciona, salienta a Bloomberg. No entanto, os seus críticos dizem que o seu estilo duro não corresponde ao tom e estilo de Obama.

Se, como se espera, o estratega da campanha de Obama, David Axelrod, e a empresária e confidente de Obama, Valerie Jarret, se tornarem conselheiros do presidente, eles formarão, com Emanuel, uma poderosa “troika” de Chicago na Casa Branca, refere a Bloomberg.


Secretário da Defesa pode manter-se temporariamente

Quanto ao plano da segurança nacional, a primeira decisão poderá ser a de manter o actual secretário da Defesa, Robert Gates, interinamente, uma decisão que é favorecida por muitos democratas e pelos militares. Enquanto o novo presidente se focalizasse na crise financeira, argumentam os defensores desta opção, Gates poderia oferecer continuidade.

Se Obama não pedir a Gates que fique, um forte candidato para a Defesa seria o senador republicano Chuck Hagel, do Nebraska. Hagel acompanhou Obama na sua viagem ao Afeganistão e ao Iraque, em Julho, e ambos se tornaram bastante íntimos. Obama é conhecido por querer formar um gabinete bipartidário.

Se nem Summers nem Geithner forem convidados para ocupar o cargo de secretário do Tesouro, Obama poderá escolher Paul Volcker, ex-presidente da Fed, ou um antigo secretário do Tesouro, Robert Rubin.

Outro importante posto é o do Conselho Económico Nacional, que coordena a tomada de políticas da Casa Branca. Dois candidatos de força são Peter Orszag, actual director do departamento orçamental do Congresso, e Jack Lew, que lideou o departamento de gestão e orçamento na Administração Clinton.

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