Notícia
Guiné-Bissau: PAIGC considera que visita de Marcelo ajuda a reforçar sistema repressivo no país
A posição do PAIGC, vencedor das últimas eleições legislativas de 2019, mas atualmente relegado para oposição, está numa nota de protesto sobre a visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Guiné-Bissau, que fonte do partido disse à Lusa ter sido entregue na embaixada de Portugal em Bissau.
17 de Maio de 2021 às 22:58
Os deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) assinalaram hoje que a visita de Marcelo Rebelo de Sousa "serve para apoiar o sistema repressivo e ditatorial que se pretende instalar" na Guiné-Bissau.
A posição do PAIGC, vencedor das últimas eleições legislativas de 2019, mas atualmente relegado para oposição, está numa nota de protesto sobre a visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Guiné-Bissau, que fonte do partido disse à Lusa ter sido entregue na embaixada de Portugal em Bissau.
Na nota, a que a Lusa teve acesso, os deputados do PAIGC justificam a sua reprovação à visita do presidente português à Guiné-Bissau.
"Para nós a visita de vossa excelência será considerada de apoio, branqueamento e robustecimento do sistema repressivo e ditatorial que se pretende instaurar na Guiné-Bissau em detrimento do Estado de direito democrático almejado pelo país", lê-se na nota.
Os deputados do PAIGC, reunidos numa jornada parlamentar consideram "de inoportuna" a visita de Rebelo de Sousa "até pelo quadro pandémico provocado pela covid-19" que, notam, obrigou a população guineense a períodos de restrições e que agora "serão ostensivamente ignorados e violados" com "o patrocínio" do Presidente português.
Os parlamentares do partido liderado por Domingos Simões Pereira pedem ainda ao povo português para que compreenda a sua posição perante a visita de Marcelo Rebelo de Sousa que consideram de "propaganda absolutamente desnecessária e prejudicial às relações de amizade e cooperação" entre Guiné-Bissau e Portugal.
Dizem ainda que Marcelo Rebelo de Sousa "é conhecedor" da situação atual da Guiné-Bissau, que, afirmam, atravessa "um dos piores momentos" da sua história.
Fonte do partido indicou à Lusa que os deputados do PAIGC não estarão presentes na sessão parlamentar especial convocada para terça-feira na qual Marcelo Rebelo de Sousa irá dirigir uma mensagem.
Vindo de Cabo Verde, Marcelo Rebelo de Sousa efetua hoje e terça-feira uma visita oficial à Guiné-Bissau, a convite do seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló.
A posição do PAIGC, vencedor das últimas eleições legislativas de 2019, mas atualmente relegado para oposição, está numa nota de protesto sobre a visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Guiné-Bissau, que fonte do partido disse à Lusa ter sido entregue na embaixada de Portugal em Bissau.
"Para nós a visita de vossa excelência será considerada de apoio, branqueamento e robustecimento do sistema repressivo e ditatorial que se pretende instaurar na Guiné-Bissau em detrimento do Estado de direito democrático almejado pelo país", lê-se na nota.
Os deputados do PAIGC, reunidos numa jornada parlamentar consideram "de inoportuna" a visita de Rebelo de Sousa "até pelo quadro pandémico provocado pela covid-19" que, notam, obrigou a população guineense a períodos de restrições e que agora "serão ostensivamente ignorados e violados" com "o patrocínio" do Presidente português.
Os parlamentares do partido liderado por Domingos Simões Pereira pedem ainda ao povo português para que compreenda a sua posição perante a visita de Marcelo Rebelo de Sousa que consideram de "propaganda absolutamente desnecessária e prejudicial às relações de amizade e cooperação" entre Guiné-Bissau e Portugal.
Dizem ainda que Marcelo Rebelo de Sousa "é conhecedor" da situação atual da Guiné-Bissau, que, afirmam, atravessa "um dos piores momentos" da sua história.
Fonte do partido indicou à Lusa que os deputados do PAIGC não estarão presentes na sessão parlamentar especial convocada para terça-feira na qual Marcelo Rebelo de Sousa irá dirigir uma mensagem.
Vindo de Cabo Verde, Marcelo Rebelo de Sousa efetua hoje e terça-feira uma visita oficial à Guiné-Bissau, a convite do seu homólogo guineense, Umaro Sissoco Embaló.