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Guimarães Pinto e Mesquita Nunes lançam projeto apartidário para salvaguardar democracia liberal

O ex-líder da Iniciativa Liberal e o ex-vice-presidente do CDS vão lançar o Instituto +Liberdade, um movimento apartidário que visa promover a literacia financeira dos portugueses e as liberdades individuais numa fase em que estas surgem ameaçadas pelo reforço de forças iliberais.

Miguel A. Lopes/Lusa
25 de Janeiro de 2021 às 14:03
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No próximo dia 12 de fevereiro vai ser lançado o Instituto +Liberdade, um movimento apartidário que junta independentes e membros maioritariamente de partidos do centro-direita e direita que pretende promover a literacia financeira dos portugueses e defender os princípios inerentes às democracias liberais.

O ex-líder e militante de base da Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, será o direto executivo deste projeto, que conta também com a participação, entre outros, do ex-dirigente do CDS e atual administrador da Galp, Adolfo Mesquita Nunes, enquanto presidente da mesa da assembleia geral, e com o gestor da Sonae Carlos Moreira da Silva à frente do conselho de curadores. Integra ainda pessoas da "ala moderada do PS", explica Carlos Guimarães Pinto ao Negócios.

O Instituto +Liberdade conta ainda com a participação da deputada centrista Ana Rita Bessa e da eurodeputada do PSD, Lídia Pereira. Guimarães Pinto, Mesquita Nunes e Ana Rita Bessa figuraram entre os signatários de uma abaixo assinado, publicado no Público, de demarcação da direita democrática e liberal relativamente à "deriva nacionalista, identitária, tribal".

"Será uma organização sem fins lucrativos, independente e apartidária, que se dedicará à educação, à promoção da literacia económica, à informação e à discussão de ideias em prol de uma sociedade livre e mais desenvolvida", pode ler-se numa nota de imprensa enviada às redações.

Este projeto surge numa altura de afirmação política de André Ventura e do Chega, mas, ao Negócios, Guimarães Pinto afasta eventuais coincidências e garante que esta iniciativa estava a ser "pensada desde o verão", que surge como "um projeto de longo prazo que não tem nada a ver com partidos e que pretende endereçar "um dos principais problemas do país, que é a falta de literacia económica e financeira".

O ex-líder da IL lembra que essa iliteracia afeta a vida das pessoas em duas dimensões: na forma como "avaliam as políticas públicas e tomam as suas decisões políticas"; e nas escolhas que fazem na esfera privada e familiar.

Carlos Guimarães Pinto assegura que este "não é um projeto ideológico", embora refira que estará "também focado na questão das liberdades individuais". "Até há pouco tempo não tínhamos ameaças e movimentos que defendem ideias iliberais", salienta numa aparente referência ao reforço eleitoral do Chega e do seu líder André Ventura, que nas presidenciais deste domingo chegou perto dos 12%.

Até ao lançamento do projeto, o +Liberdade está a aceitar a inscrição de membros fundadores. "Este projeto apartidário poderá acolher todas as pessoas que defendem a democracia liberal, a economia de mercado e a liberdade individual", diz o ex-líder da IL, garantindo que "qualquer pessoa que se identifique com estes princípios pode participar".

A ideia passa por realizar "análises do site e redes sociais" do +Liberdade, simplificando conceitos através de artigos, vídeos didáticos e uma biblioteca online com livros gratuitos. Carlos Guimarães Pinto estará concentrado na elaboração de artigos escritos.

Depois de ser lançado a 12 de fevereiro, no dia seguinte o Instituto +Liberdade vai realizar o primeiro evento online com uma discussão sobre a economia de mercado e as democracias liberais.
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