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Costa reage à recusa de Passos: "É a vida"  

O primeiro-ministro, António Costa, reagiu hoje com a expressão "é a vida" após ser confrontado com afirmações do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que afastou a possibilidade de consensos a curto prazo com o Governo socialista.

30 de Abril de 2016 às 15:20
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Palavras proferidas António Costa em declarações aos jornalistas na Horta, durante o seu segundo de três dias de visita aos Açores, em que também deixou um apelo para que os portugueses deixem de ver as regiões autónomas como sorvedouros de recursos financeiros do Estado.

 

Em entrevista ao jornal "Sol", Pedro Passos Coelho recusou a hipótese de consensos com o executivo socialista, apesar dos apelos nesse sentido do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Confrontado com essa posição do líder social-democrata, António Costa repetiu uma expressão muito usada pelo antigo líder socialista e primeiro-ministro António Guterres: "Como diria um clássico, é a vida", disse o actual líder do executivo.

 

António Costa já não secundarizou as questões sobre custos inerentes às medidas adotadas pelo Governo da República para as duas regiões autónomas do país, a da Madeira e dos Açores.

 

"Os continentais têm de deixar essa visão, tantas vezes repetida ao longo de anos, de que as regiões autónomas são um sorvedouro de recursos financeiros do país, porque isso não é verdade. As regiões autónomas são uma enorme oportunidade para o país, quer do ponto de vista geoestratégico, quer dos recursos marítimos ou da oferta turística", contrapôs o primeiro-ministro.

 

António Costa apontou depois como exemplo o facto de "30 por cento do leite nacional ser produzido nos Açores".

 

"Se há região particularmente atingida pela crise leiteira europeia, é a dos Açores. Temos de ter um novo paradigma na relação com as autonomias com base num trabalho em equipa entre os governos da República e Regional", defendeu.

 

O primeiro-ministro desligou em seguida a sua presença nos Açores do facto de esta Região Autónoma ter eleições dentro de seis meses.

 

"Enquanto primeiro-ministro, já estive na Região Autónoma da Madeira, onde não há eleições e em que foi possível também estabilizar uma série de questões com o Governo Regional que se encontravam pendentes, casos da saúde e da dívida, o que, felizmente, aqui nos Açores, não se coloca. Mas há também questões que se colocam nos Açores que não se verificam na Madeira, como a da revitalização da ilha Terceira", acrescentou.

 

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