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Cimeira Portugal-Angola deverá realizar-se em Fevereiro de 2014

O evento estava previsto para este mês, segundo tinham anunciado Georges Chikoti e Rui Machete.

Sérgio Lemos/Correio da Manhã
11 de Outubro de 2013 às 13:50
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A 1.ª Cimeira Portugal-Angola deverá realizar-se nos primeiros dias de Fevereiro de 2014, anunciou hoje em Luanda o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português, Luís Campos Ferreira.

 

O governante português falava à saída de uma audiência de cerca de uma hora com o chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, no quadro da visita de trabalho de dois dias que está a efectuar a Luanda.

 

A cimeira, anunciada em Fevereiro por Paulo Portas na qualidade de Ministro dos Negócios Estrangeiros, vai ter como tema "Crescimento económico e desenvolvimento da cooperação entre Portugal e Angola".

 

A data da cimeira representa um adiamento, pois o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete e o seu homólogo angolano, tinham adiantado em Setembro que o evento iria ocorrer este mês.

 

Nas declarações à imprensa, Luís Campos Ferreira acrescentou que à margem da cimeira se realizarão eventos desportivos, e dois encontros, um de empresários e outros de reitores de universidades dos dois países.

 

"Tem sido uma visita muito produtiva e muito positiva, que visou em primeiro lugar dar uma contribuição forte para aquilo que será a primeira cimeira Portugal-Angola, a realizar em Luanda", salientou.

 

O governante português acrescentou que os dois países "tudo estão a fazer para que a cimeira seja realizada" nos primeiros dias de Fevereiro do próximo ano, afirmando que ambos estão "a trabalhar nesse sentido em conjunto".

 

"É uma cimeira que se quer que tenha uma densidade e uma característica substantiva muito própria, que trate de assuntos que sejam realidades importantes para os dois povos. Estamos a trabalhar em diversos acordos, nas áreas da economia, segurança social, cultura, cooperação em geral", adiantou.

 

Sobre a visita que está a realizar a Luanda, com uma preenchida agenda em que constam reuniões com cinco ministro e cinco secretários de Estados do governo angolano, Luís Campos Ferreira considerou que a mesma "tem decorrido, como não podia deixar de ser, num ambiente muito positivo, num ambiente muito fraterno e num ambiente de grande respeito mútuo entre os dois países".

 

"E é assim que nós queremos que as coisas sejam e é assim que as coisas vão continuar a ser. E que traduz bem aquilo que é a intensidade, a densidade das relações entre Portugal e Angola neste momento. Isso é que conta. Isso é que interessa", frisou.

 

A visita de Luís Campos Ferreira coincide com um momento de particular tensão nas relações luso-angolanas, que envolve o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete.

 

Há uma semana, o Diário de Notícias noticiou que, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, divulgada no dia 19 de Setembro, o ministro pediu desculpa a Angola por investigações do Ministério Público português a empresários angolanos, o que já levou os partidos da oposição a pedirem a sua demissão.

 

Instado a comentar esta questão, Luís Campos Ferreira respondeu que ele trata de "defender os interesses do Estado português, de defender a cooperação de Portugal com Angola".

 

"E nessa medida, esta visita foi um grande sucesso e é uma visita que me deixa muito feliz", concluiu.

 

 

 

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