Notícia
Cidadãos que vão fazer perguntas no aniversário do Governo recebem mais de 200 euros cada
A informação é do jornal Sol, que refere que os 50 participantes na sessão deste domingo, no âmbito do Conselho de Ministros que assinala dois anos de Governo, responderam também a um estudo de opinião encomendado pelo Executivo.
25 de Novembro de 2017 às 18:10
O Governo terá alegadamente pago 36.750 euros no recrutamento de 50 pessoas que participam num estudo na Universidade de Aveiro. Essas mesmas pessoas vão fazer este domingo, 26 de Outubro, perguntas a ministros numa sessão em que estarão presentes jornalistas.
A iniciativa ocorre, segundo a Lusa, no âmbito do Conselho de Ministros extraordinário que se realiza este domingo para assinalar os dois anos do Governo.
De acordo com o jornal Sol, cada um dos participantes receberá alegadamente mais de 200 euros pela presença na sessão, a que se juntam ainda despesas de transporte e de alimentação. O espaço da universidade foi disponibilizado ao Governo numa "lógica de cortesia," esclarece o reitor.
Em causa está, como referiu fonte do Governo ao jornal, um estudo quantitativo pedido ao centro de investigação GOVCOPP naquela universidade, coordenado por Carlos Jalali que aborda "o cumprimento das promessas por parte deste Governo e por outro as preocupações que os inquiridos identificam como prioritárias para o futuro".
Já a Aximage participa na definição técnica para constituição da amostra e fez o recrutamento dos participantes, ficando ainda a seu cargo o transporte, alojamento e refeições dos participantes, esclareceu o Executivo ao Sol.
Entretanto, os partidos à direita já vieram criticar a realização deste evento.
O PSD desafiou o primeiro-ministro a cancelar a sessão, que considerou "imoral, indigna e de uma ligeireza total". "Lanço um desafio muito directo ao primeiro-ministro e que deve ter uma resposta muito prática: que cancele esta sessão, esta encenação vergonhosa", declarou à Lusa.
Já o CDS, pela voz da presidente Assunção Cristas, afirmou que se o Governo "tivesse um pingo de vergonha", cancelaria a sessão.
O ministro das Infra-estruturas, Pedro Marques, confirmou ao início da noite de sábado que a existência da iniciativa "é da responsabilidade do Governo", mas apontou a Universidade de Aveiro como responsável pelo formato da iniciativa, perguntas que serão colocadas - que garantiu desconhecer - ou na selecção da amostra das pessoas que farão as pergunta.
"Contratámos, isso sim uma Universidade que desenvolve de forma autónoma todo o regime que estará associado a estas questões que serão colocadas ao Governo, que desenvolve de forma autónoma a seleção da amostra das pessoas que devem ser convocadas e chamadas para esta sessão com o Governo", disse.
(notícia actualizada às 21:32 com declarações de Pedro Marques)
A iniciativa ocorre, segundo a Lusa, no âmbito do Conselho de Ministros extraordinário que se realiza este domingo para assinalar os dois anos do Governo.
Em causa está, como referiu fonte do Governo ao jornal, um estudo quantitativo pedido ao centro de investigação GOVCOPP naquela universidade, coordenado por Carlos Jalali que aborda "o cumprimento das promessas por parte deste Governo e por outro as preocupações que os inquiridos identificam como prioritárias para o futuro".
Já a Aximage participa na definição técnica para constituição da amostra e fez o recrutamento dos participantes, ficando ainda a seu cargo o transporte, alojamento e refeições dos participantes, esclareceu o Executivo ao Sol.
Entretanto, os partidos à direita já vieram criticar a realização deste evento.
O PSD desafiou o primeiro-ministro a cancelar a sessão, que considerou "imoral, indigna e de uma ligeireza total". "Lanço um desafio muito directo ao primeiro-ministro e que deve ter uma resposta muito prática: que cancele esta sessão, esta encenação vergonhosa", declarou à Lusa.
Já o CDS, pela voz da presidente Assunção Cristas, afirmou que se o Governo "tivesse um pingo de vergonha", cancelaria a sessão.
O ministro das Infra-estruturas, Pedro Marques, confirmou ao início da noite de sábado que a existência da iniciativa "é da responsabilidade do Governo", mas apontou a Universidade de Aveiro como responsável pelo formato da iniciativa, perguntas que serão colocadas - que garantiu desconhecer - ou na selecção da amostra das pessoas que farão as pergunta.
"Contratámos, isso sim uma Universidade que desenvolve de forma autónoma todo o regime que estará associado a estas questões que serão colocadas ao Governo, que desenvolve de forma autónoma a seleção da amostra das pessoas que devem ser convocadas e chamadas para esta sessão com o Governo", disse.
(notícia actualizada às 21:32 com declarações de Pedro Marques)