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Catarina Martins reivindicou para o BE o alargamento da tarifa social de energia

A coordenadora nacional do Bloco Esquerda (BE), Catarina Martins, reivindicou como uma conquista do seu partido o alargamento da tarifa social de energia a mais de 800.000 famílias.

Miguel Baltazar
08 de Abril de 2017 às 21:38
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Catarina Martins afirmou este sábado, no discurso de apresentação da candidatura de Carlos Carujo à Câmara Municipal de Sintra, que há a "tentação fácil" de se referir ao partido como "o da proposta", e a tarifa social de energia "é o exemplo de como o BE é o partido da proposta consequente e da conquista".

 

A dirigente recordou que a tarifa social de energia passou a ser automática, graças ao BE, permitindo que mais famílias beneficiassem. "A tarifa social de energia, basicamente, existia no papel, não era automática, na prática, a EDP fazia tudo para ser um inferno burocrático às famílias para terem acesso, de tal forma que há um ano e pico, a tarifa atingia 80.000 famílias, hoje chega a mais de 800.000 famílias".

 

A líder bloquista aproveitou para criticar o atual presidente da EDP, António Mexia, que, segundo Catarina Martins, "não gostou, quando até achou bem quando a tarifa foi criada pelo Governo PSD/CDS, pois até lhe dá um ar de mecenas social do país". "Quando a tarifa foi para valer, [Mexia] não gostou, [achou] que era um custo que não devia ser da EDP", afirmou, referindo que o presidente da EDP disse que empresa "não podia assumir tal custo, mas não se importa de ter rendas garantidas com contratos do Estado".

 

"À EDP ofende ser obrigada a garantir o preço da energia ligeiramente mais baixo às famílias quase sem rendimento, que vivem no nosso país, mas já não ofende nada ter rendas de privilégio, garantidas no nosso país que permitem que António Mexia ganhe dois milhões de euros num ano, ou dez salários mínimos a cada dia que passa".

 

A dirigente bloquista questionou, em seguida, se "há outro partido que tivesse a coragem de dizer, apesar da EDP não gostar, dizer que as coisas têm de mudar".

 

Catarina Martins reconheceu que o BE "não tem a força que gostaria de ter para resolver o problema da energia, mas já garantiu acesso à tarifa social a mais de 800.000 famílias, e já garantimos que, este ano, a EDP vai receber menos de rendas de privilégio, do que recebia o ano passado. Fizemos as contas, fizemos-lhe um corte de 17 milhões". "Mas não se preocupem, a EDP não fica pobrezinha e continua a ser uma das empresas mais lucrativas do país", sentenciou.

 

O tema da energia foi trazido hoje à liça, por Sintra ser o segundo concelho do país onde mais famílias usufruem da taxa social de electricidade, sendo mais de 26.000 famílias, segundo números avançado pela deputada.

 

Para Catarina Martins, "é preciso fazer uma opção política clara, de ir contra os monopólios de privilégio, ir contra as empresas que sangram a nossa economia e as nossas pessoas, e defender mais justiça na economia, e mais justiça social".

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