"Só depende da vontade dele", explica Carlos Carreira, ao DN. "Se as pessoas não conseguem perceber isso as que estão de fora, as que estão de dentro percebem. Ele é líder do partido enquanto tiver essa vontade de continuar a ser o líder do partido, não depende rigorosamente de mais nada e, portanto, ganhe as eleições, perca as eleições..."

É essa a resposta do presidente da Câmara de Cascais quando confrontado com a possibilidade de uma derrota autárquica obrigar Pedro Passos Coelho a demitir-se.

Um dos principais pontos de interrogação a que o coordenador das autárquicas do PSD terá de responder é Lisboa. Que candidato será apoiado pelo partido? Assunção Cristas parece não ser uma hipótese em cima da mesa. "Por princípio o PSD concorrerá a todos os municípios do país com candidatos próprios ou com simpatizantes e independentes indicados pelo PSD", responde Carreiras.

Pedro Santana Lopes parece ser o nome mais apetecível. O DN pergunta se o ex-primeiro-ministro é o melhor candidato à autarquia e Carreiras não foi parco em elogios. "Quem foi o último presidente de câmara que teve uma visão estratégica para a cidade, que teve uma visão que foi para além do dia-a-dia, foi o Pedro Santana Lopes. Lisboa precisa de alguém que tenha essa visão estratégica", afirma. "Depois Santana Lopes tem uma experiência e um currículo que de facto posicionam, acompanhado pela tal estratégia, que o posicionam muito bem para liderar uma autarquia portuguesa.