Notícia
Brexit causou um terço da inflação entre o final de 2019 e março deste ano
Conclusão dá argumentos aos defensores da permanência do país na União Europeia e fragiliza a narrativa dos conservadores de que o divórcio com o bloco dos 27 teve um impacto pouco significativo.
A saída do Reino Unido da União Europeia foi responsável por um terço da inflação no país desde 2019, indica um estudo da London School of Economics (LSE).
As novas regras regulatórias, sanitárias e outras adicionaram cerca de 8 mil milhões de euros à fatura do supermercado entre dezembro de 2019 e março deste ano, o que representa cerca de 287 euros por família. Os preços subiram 25% no período em análise, muito acima dos 17% caso o país se tivesse mantido no mercado único.
Os acordos comerciais pós-Brexit da Grã-Bretanha entraram em vigor em janeiro de 2021. Desde então, as categorias de produtos alimentares muito dependentes das importações da UE, como a carne e o queijo, tiveram aumentos de preços "na ordem de 10 pontos percentuais em relação a produtos similares não expostos ao Brexit", conclui a LSE.
Os autores do estudo asseguram que a pandemia da covid e a guerra na Ucrânia não afetaram as conclusões. "O facto de os resultados serem inteiramente impulsionados por produtos com elevadas taxas não tarifárias importados da UE oferece fortes evidências de que o Brexit é a força motriz por trás desses efeitos". Os preços dos alimentos em abril ultrapassaram a energia como a principal causa da variação dos preços.
A taxa de inflação no Reino Unido cifrou-se em 8,7% em abril, registando a maior quebra desde o início da crise do custo de vida.
As novas regras regulatórias, sanitárias e outras adicionaram cerca de 8 mil milhões de euros à fatura do supermercado entre dezembro de 2019 e março deste ano, o que representa cerca de 287 euros por família. Os preços subiram 25% no período em análise, muito acima dos 17% caso o país se tivesse mantido no mercado único.
Os autores do estudo asseguram que a pandemia da covid e a guerra na Ucrânia não afetaram as conclusões. "O facto de os resultados serem inteiramente impulsionados por produtos com elevadas taxas não tarifárias importados da UE oferece fortes evidências de que o Brexit é a força motriz por trás desses efeitos". Os preços dos alimentos em abril ultrapassaram a energia como a principal causa da variação dos preços.
A taxa de inflação no Reino Unido cifrou-se em 8,7% em abril, registando a maior quebra desde o início da crise do custo de vida.