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Assunção Cristas vê "muito difícil" o CDS votar a favor do Orçamento
Em declarações feitas à TSF, a líder centrista adianta que "muito dificilmente" o CDS votará favoravelmente o Orçamento do Estado, mas antevê como possibilidade os centristas apoiarem algumas normas.
A presidente do CDS antecipou esta quarta-feira, 27 de Setembro, que os centristas "muito dificilmente" votarão a favor do Orçamento do Estado, cuja apresentação ocorrerá dentro de cerca de duas semanas.
Ainda assim, em entrevista concedida à TSF esta quarta-feira, 27 de Setembro, Assunção Cristas não dá como garantida a orientação de voto dos deputados do CDS, pelo menos em relação à totalidade das normas do documento orçamental.
"Veremos", diz Cristas que prefere "não estar a antecipar cenários". Porque, avisa, "queremos escrutinar o documento que o Governo apresenta". E abre a porta a apoiar algumas normas com as quais os centristas estejam de acordo.
"As nossas escolhas certamente não serão todas iguais, o que não quer dizer que, pontualmente, não possamos estar de acordo", salienta a ex-ministra da Agricultura que lembra que "nunca tivemos um voto único para todas as normas do Orçamento do Estado".
"Sempre fizemos uma diferenciação, rejeitando na globalidade porque corresponde a uma visão que não é nossa, e nós temos uma visão alternativa. Mas nunca fomos de votar tudo contra, ou de abster em tudo, ou de votar em tudo a favor", acrescentou.
Cristas afiança ainda que o seu partido não deixará se apresentar as suas próprias propostas. "Somos uma oposição ao Governo das esquerdas unidas, mas sempre construtiva. Sempre apresentámos propostas no Orçamento do Estado. Sempre apresentámos a nossa visão alternativa no Programa de Estabilidade e no Plano Nacional de Reformas e continuaremos a fazê-lo".
Na entrevista à TSF, a também candidata do CDS à câmara de Lisboa – candidatura que as sondagens apontam como podendo ficar em segundo à frente do PSD – prometeu também encetar esforços em sede de discussão orçamental com vista à apresentação de propostas favoráveis a uma fiscalidade competitiva de longa duração.
Também esta quarta-feira, o Correio da Manhã publica uma entrevista ao primeiro-ministro em que António Costa se escusa levantar o véu sobre os temas mais premente na discussão que o Governo mantém com os restantes partidos da esquerda parlamentar, designadamente o aumento das pensões e o aumento da progressividade do IRS.
Costa rejeitou antecipar se as pensões vão ou não subir acima da taxa de inflação e se as mexidas no IRS irão no sentido do pretendem o Bloco de Esquerda e o PCP.