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Andrew Puzder desiste de candidatura a secretário do Trabalho de Donald Trump
Andrew Puzder, presidente do conselho de administração de um grupo de 'fast food', nomeado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como secretário do Trabalho, retirou hoje a sua candidatura por causa de revelações sobre a sua vida.
"Retiro a minha candidatura para secretário do Trabalho", disse Andrew Puzder, em comunicado enviado a vários órgãos de comunicação. No comunicado, Andrew Puzder salienta que, apesar de não ir servir no Governo de Donald Trump, apoia "plenamente o Presidente e a sua equipa de alta qualidade".
"Ele retirou-se", confirmou o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, aos jornalistas.
Puzder é o único indicado para o futuro Governo de Donald Trump que acabou por cair, uma humilhação para o Presidente republicano que ainda não tem a sua equipa completa, devido à oposição sem precedentes da oposição democrata no Senado, responsável por aprovar cada nomeação.
"Andrew Puzder tomou a decisão certa ao retirar-se", congratulou-se o senador republicano Marco Rubio.
No cargo há menos de um mês, Donald Trump já viu suspenso pela Justiça o seu decreto sobre imigração, a renúncia do seu conselheiro para a segurança nacional, Michael Flynn, e agora a desistência de um dos seus potenciais ministros.
Para ser confirmado no cargo, Andrew Puzder precisava de, pelo menos, 51 votos, de 100 senadores. Mas muitos dos 52 republicanos deixaram de o apoiar e os democratas já tinham prometido votar conta. Percebendo a impossibilidade de ser designado, o empresário acabou por se retirar.
O empresário admitiu, recentemente, ter uma emprega ilegal há vários anos e as acusações de violência doméstica feitas pela sua ex-mulher e que culminaram no divórcio, em 1987, afastaram o apoio de muitos republicanos.
"Nós não queremos um secretário de Trabalho que ganha milhões, enquanto os seus funcionários ganham apenas o suficiente para comer", disse o senador democrata Bernie Sander.