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Redução da estrutura militar da Base das Lajes novamente adiada
Depois da aprovação pela Câmara dos Representantes, o Senado norte-americano aprovou o projecto lei que adia a redução da estrutura militar dos Estados Unidos nas Lajes, nos Açores.
O Senado dos Estados Unidos juntou-se sexta-feira à Câmara dos Representantes e aprovou o orçamento das Forças Armadas para 2015, que proíbe a redução da estrutura militar do país da Base das Lajes até divulgação de um novo relatório.
A Câmara dos Representantes já tinha aprovado o mesmo orçamento na semana passada, ficando agora apenas a faltar a ratificação do documento pelo Presidente Barack Obama para terminar o processo, o que deve acontecer nos próximos dias.
O projecto de lei que determina o orçamento das Forças Armadas norte-americanas, designado National Defense Authorization Act for Fiscal Year 2015, inclui uma emenda que foi iniciativa de um grupo de congressistas ligados a Portugal.
Segundo esta emenda, "a secretaria da Força Aérea não deve reduzir a estrutura na Base Aérea das Lajes até 30 dias depois do Secretário da Defesa concluir o Relatório de Consolidação de Estruturas Europeias", que já está terminado e deveria ter sido divulgado na primavera.
Fonte da Câmara dos Representantes garantiu à agência Lusa que este relatório "está actualmente em espera devido aos recentes conflitos na Ucrânia e com o Estado Islâmico" e que "uma data de divulgação ainda não foi estabelecida".
Além destes obstáculos, o secretário da Defesa, Chuck Hagel renunciou ao cargo no passado dia 24 de novembro e foi substituído por Ashton Carter, que deve agora analisar as conclusões do relatório, antes de o divulgar.
O orçamento determina ainda que a Secretaria de Defesa deve "informar os comités de defesa do Congresso sobre o relatório" e que este deve incluir "uma avaliação específica da eficácia da Base Aérea das Lajes, Açores, no apoio às forças americanas no estrangeiro."
A emenda é idêntica à que foi aprovada no ano passado e adiou a redução do contingente norte-americano nas Lajes, que tinha sido anunciado e envolvia mais de 400 militares e 500 familiares.