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Política monetária reagiu de forma rápida à inflação, defende Centeno

Para o ex-ministro das Finanças, a resposta mais importante ao choque inflacionista foi a da política monetária. Contudo, referiu não poder ficar esquecida a resposta da política orçamental e das restantes políticas, que a zona euro foi capaz de adotar "de forma muito coordenada".

Miguel Baltazar
07 de Março de 2025 às 17:24
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O governador do Banco de Portugal (BdP) defendeu esta sexta-feira, em Lisboa, que a política monetária reagiu de forma rápida ao choque da inflação e que a zona euro foi capaz de adotar respostas de forma muito coordenada.

"A inflação foi um grande choque para a economia [...]. A confirmação de que estamos a sair [deste cenário] depende do julgamento de cada um, mas na área do euro estamos a ver a inflação descer", afirmou o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, na abertura da conferência "Transmissão da Política Monetária e o Mercado de Trabalho", em Lisboa.

Para o antigo ministro das Finanças, a resposta mais importante ao choque inflacionista foi a da política monetária. Contudo, referiu não poder ficar esquecida a resposta da política orçamental e das restantes políticas, que a zona euro foi capaz de adotar "de forma muito coordenada".

Centeno sublinhou que os mercados ajustaram-se a este choque e às políticas implementadas, acrescentando que a política monetária "reagiu rapidamente".

Durante a sua intervenção inicial, o governador do BdP considerou ainda que a Europa e os EUA adotaram uma resposta diferente neste período, destacando o investimento que a área do euro fez perante a pandemia de covid-19.

A nível do mercado de trabalho, o governador defendeu que o respetivo ajustamento foi o "mais amigável possível" relativamente à política monetária e financeira.

O ex-governante fez também referência aos mecanismos de partilha exemplificando que, após a covid-19, alguns setores registaram um aumento nas margens de lucro, que, no último ano e meio, tiveram de suportar os acréscimos nos salários.

Portugal está entre os mercados de trabalho na Europa que mais tem crescido, apontou, lembrando que, no setor privado, na última década, o número de postos de trabalho cresceu aproximadamente 38%.

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