Notícia
BCE pondera aumentar compra de dívida do fundo de recuperação europeu
Banco central não pode comprar mais de um terço da dívida pública de qualquer país da Zona Euro. Para contornar isso, está a estudar uma alternativa para dar mais flexibilidade aos países que da moeda única.
O Banco Central Europeu (BCE) está a ponderar reforçar a compra de dívida do fundo de recuperação europeu, avança o Financial Times. A medida tem como objetivo garantir que a autoridade monetária continua a intervir no mercado sem violar os limites para a compra de dívida pública dos Estados-membros.
As regras atuais impedem o BCE de adquirir mais de um terço da dívida pública de qualquer país da Zona Euro. Para contornar essa proibição, o banco central responsável pela moeda única europeia está a estudar formas alternativas para aliviar a pressão sobre o financiamento dos países da Zona Euro, como forma de mitigar o impacto económico da covid-19.
Um eventual reforço da compra de dívida do fundo de recuperação europeu por parte do BCE, como ao que tudo indica está em cima da mesa, daria mais flexibilidade aos países que aderiram ao euro para se financiarem no mercado com taxas de juro mais baixas.
Quatro membros do conselho do BCE admitiram ao Financial Times ser a favor da medida e esperam que a ideia seja discutida nas reuniões do conselho agendadas para novembro. O plano precisaria, no entanto, do apoio da maioria dos 25 membros do conselho do BCE para avançar.
A ideia surge numa altura em que a Comissão Europeia planeia aumentar a quantidade de títulos que tem vindo a emitir para financiar a chamada "bazuca" europeia. Bruxelas pretende, este ano, emitir 80 mil milhões de euros em títulos através do NextGenerationEU e quase o dobro deste valor no próximo ano.
A União Europeia (UE) passará assim a ser um dos maiores emissores de dívida da Europa. A compra de dívida por parte do BCE tem permitido reduzir os custos de financiamento da UE. Com o reforço em análise, ao invés dos atuais 10%, o BCE passaria assim a comprar uma parcela de títulos de dívida pública superior à UE.
Largarde diz que receios de "estagflação" são "exagerados"
A presidente do BCE, Christine Lagarde, tem defendido que a atual subida da inflação é "passageira" e, durante um evento virtual promovido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), aproveitou para reafirmar a tese. "Não temos no horizonte nenhuma situação de estagnação económica e a inflação a que assistimos é largamente transitória", disse.
Face a isso, Christine Lagarde não acredita que haja risco de estagfação (estagnação económica aliada a uma subida da inflação) na Zona Euro nos próximos meses. "Os receios de uma estagflação são manifestamente exagerados", referiu, sublinhando que a economia europeia está a crescer "a um ritmo mais rápido do que a média pré-pandemia".
As regras atuais impedem o BCE de adquirir mais de um terço da dívida pública de qualquer país da Zona Euro. Para contornar essa proibição, o banco central responsável pela moeda única europeia está a estudar formas alternativas para aliviar a pressão sobre o financiamento dos países da Zona Euro, como forma de mitigar o impacto económico da covid-19.
Quatro membros do conselho do BCE admitiram ao Financial Times ser a favor da medida e esperam que a ideia seja discutida nas reuniões do conselho agendadas para novembro. O plano precisaria, no entanto, do apoio da maioria dos 25 membros do conselho do BCE para avançar.
A ideia surge numa altura em que a Comissão Europeia planeia aumentar a quantidade de títulos que tem vindo a emitir para financiar a chamada "bazuca" europeia. Bruxelas pretende, este ano, emitir 80 mil milhões de euros em títulos através do NextGenerationEU e quase o dobro deste valor no próximo ano.
A União Europeia (UE) passará assim a ser um dos maiores emissores de dívida da Europa. A compra de dívida por parte do BCE tem permitido reduzir os custos de financiamento da UE. Com o reforço em análise, ao invés dos atuais 10%, o BCE passaria assim a comprar uma parcela de títulos de dívida pública superior à UE.
Largarde diz que receios de "estagflação" são "exagerados"
A presidente do BCE, Christine Lagarde, tem defendido que a atual subida da inflação é "passageira" e, durante um evento virtual promovido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), aproveitou para reafirmar a tese. "Não temos no horizonte nenhuma situação de estagnação económica e a inflação a que assistimos é largamente transitória", disse.
Face a isso, Christine Lagarde não acredita que haja risco de estagfação (estagnação económica aliada a uma subida da inflação) na Zona Euro nos próximos meses. "Os receios de uma estagflação são manifestamente exagerados", referiu, sublinhando que a economia europeia está a crescer "a um ritmo mais rápido do que a média pré-pandemia".