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BCE despeja ainda mais dinheiro: bazuca reforçada para 1,85 biliões de euros

O mercado já antecipava o reforço dos apoios do Banco Central Europeu para ajudar os países a reagir à segunda vaga de infeções por covid-19 e ao seu efeito negativo na atividade económica.

RALPH ORLOWSKI
10 de Dezembro de 2020 às 12:48
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Ainda mais dinheiro para segurar a economia da zona euro. O Conselho do Banco Central Europeu alargou esta quinta-feira o programa de compra de ativos por emergência pandémica (PEPP, na sigla inglesa) em 500 mil milhões de euros. No total, o PEPP fica agora com 1,85 biliões de euros, numa tentativa de amparar os Estados-membros perante a segunda vaga de infeções por covid-19. Além disso, o programa foi alargado, pelo menos, até março de 2022.

A instituição liderada por Christine Lagarde decidiu ainda que a fase de reinvestimento do PEPP vai prolongar-se, pelo menos, até ao final de 2023 – ou seja, a sua intervenção no mercado para baixar os custos de financiamento dos Estados vai manter-se durante a fase que se espera que seja já de distribuição e aplicação das vacinas contra a covid-19.

Os mercados já antecipavam um aumento dos apoios do BCE, tendo em conta a degradação da atividade económica no final deste ano, por causa da pandemia. Também como esperado, as taxas de juro de referência mantiveram-se inalteradas em zero, e abaixo de zero. 

No que diz respeito às operações cedência de liquidez aos bancos, o BCE também melhorou as condições, mas com uma ressalva. "De forma a incentivar os bancos a manter os atuais níveis de empréstimos, as novas condições do TLTRO III serão apenas disponibilizadas aos bancos que atinjam uma nova meta de desempenho", lê-se no comunicado, que não adianta detalhes sobre o novo objetivo.

Já quanto às novas condições, que são mais favoráveis, deverão estar no terreno até junho de 2022. No mesmo sentido, serão realizadas três operações adicionais, entre junho e dezembro de 2021. O montante total que os bancos podem levantar no âmbito destas operações foi também aumentado, de 50% para 55% do seu stock de empréstimos elegíveis. 

As medidas de alívio no que toca a colaterais, adotadas em abril deste ano, vão também manter-se por mais tempo, durando agora até junho de 2022. "A extensão destas medidas vai continuar a assegurar que os bancos conseguem aproveitar na totalidade as operações de liquidez do eurosistema, em particular as TLTRO recalibradas", justifica o BCE. 

O Conselho do BCE decidiu ainda disponibilizar mais quatro operações de refinanciamento do longo prazo no âmbito da pandemia, em 2021.

Já as compras líquidas no âmbito do programa de compra de ativos regular (o APP) continuarão a ser realizadas a um ritmo de 20 mil milhões de euros por mês, mantendo-se também a perspetiva de estas compras durarem enquanto for considerado necessário e pouco antes de os juros começarem a subir. 

Christine Lagarde vai explicar as decisões tomadas numa conferência de imprensa marcada para as 13:30 desta quinta-feira.

(Notícia atualizada às 13:23)
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