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Banco de Inglaterra mantém juros num cenário de incerteza sobre Brexit

Os responsáveis do banco central liderado por Mark Carney decidiram de forma unânime manter os juros nos 0,75%. Uma decisão que foi ao encontro da previsão da maioria dos analistas consultados pela Bloomberg. 

Reuters
20 de Dezembro de 2018 às 12:34
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O Banco de Inglaterra decidiu não alterar as taxas de juro na última reunião de política monetária do ano, devido ao aumento da incerteza em torno da saída do Reino Unido da União Europeia, referiu a entidade esta quinta-feira, 20 de Dezembro, citada pela Bloomberg. 

No encontro, os responsáveis do banco central liderado por Mark Carney decidiram de forma unânime manter os juros nos 0,75%. Uma decisão que foi ao encontro da previsão da maioria dos analistas consultados pela Bloomberg. 

"A perspectiva económica vai continuar a depender de forma significativa da natureza da saída [do Reino Unido] da União Europeia", afirmaram os responsáveis do banco central. "A resposta da política monetária ao Brexit, independentemente da forma que tomar, não será automática e pode adoptar qualquer uma das direcções", disseram ainda. 

A primeira-ministra britânica afirmou esta semana que quer retomar o "debate sobre o Brexit na semana de 7 de Janeiro e realizar a votação na semana seguinte". Isto depois de ter adiado a votação que devia ter acontecido na semana passada.


Além da incerteza em torno do Brexit, o Banco de Inglaterra também está a tentar perceber como poderá começar a normalizar a política monetária, acompanhando aquela que é a tendência entre os outros bancos centrais.

Na quarta-feira, a Reserva Federal dos EUA decidiu subir os juros pela quarta vez este ano, ao mesmo tempo que reduziu as previsões para mais aumentos no próximo ano -- prevê agora apenas duas subidas, quando antes se apontava para três. Também o banco central da Suécia subiu as taxas pela primeira vez desde 2011, esta quinta-feira.

Os responsáveis do Banco de Inglaterra estimam ainda que a inflação vai abrandar e ficar abaixo do alvo de 2% já em Janeiro, após a queda dos preços do petróleo. Porém, o crescimento mais forte do que o previsto dos salários e a baixa produtividade sugerem que a pressão sobre a inflação subjacente está a aumentar.
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