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Patrões do Minho apelam ao corte com a Rússia e criam apoios aos ucranianos

“A comunidade empresarial tem um papel estrutural na vida das sociedades civis e políticas e, por isso mesmo, este é o tempo de também usarmos a nossa força para, na medida do pouco que podemos fazer, fazermos o tudo que está ao nosso alcance”, preconiza a AEMinho.

O grupo bracarense Bernardo da Costa é liderado por Ricardo Costa.
Ricardo Costa, presidente da AEMinho. DR
28 de Fevereiro de 2022 às 11:46
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A Associação Empresarial do Minho (AEMinho), que é liderado por Ricardo Costa, CEO do grupo bracarense Bernardo da Costa, conhecido por oferecer férias em destinos paradisíacos aos seus trabalhadores em Portugal, apela à cessação das relações comerciais com a Rússia e cria programas de apoio aos cidadãos ucranianos.

 

Na sequência da "invasão russa aos territórios da soberana nação da Ucrânia, assistindo com enorme preocupação a todos os acontecimentos dos últimos dias", a AEMinho começa por considerar "a invasão ilegal, imoral, humanamente inqualificável de uma nação, com recurso à força é frontal", que é "fortemente repudiada por esta associação, pelos seus dirigentes e pelos seus membros".

 

"Este é o tempo de todos assumirmos o que queremos para a humanidade, que caminhos queremos seguir e que valores queremos preservar. Não há lugar no século XXI para quem não respeita a integridade das fronteiras, para quem não preserva e se bate pelos valores da paz e da defesa de valores elementares como o direito à vida. Não há lugar na comunidade internacional, como não deve haver lugar em Portugal. Não podemos tolerar e apoiar quem não repudia de forma concreta este tipo de ações", defende a AEMinho, em comunicado.

 

Para esta associação empresarial, "a comunidade empresarial tem um papel estrutural na vida das sociedades civis e políticas e, por isso mesmo, este é o tempo de também usarmos a nossa força para, na medida do pouco que podemos fazer, fazermos o tudo que está ao nosso alcance. Uma ação unida, concertada e assertiva de vários poderá fazer a diferença do sucesso da ação do todo", considera.

 

Nesse sentido, a AEMinho apela "de forma clara a todos os nossos associados e à comunidade empresarial em geral que tenha relações comerciais com a Rússia enquanto país, com as suas instituições ou com agente económicos russos, que cesse de forma imediata essas relações de forma a exercer pressão sobre o governo de Moscovo para que pare imediatamente este ataque vil e infundado".

 

"É imperativo isolarmos economicamente a sociedade empresarial russa para que isso seja um catalisador de desenvolvimento de ações que nos levem à paz", preconiza a AEMinho.

 

Empregos para ucranianos e campanha de angariação de fundos para a Ucrânia

 

Por outro lado, a AEMinho irá implementar, "com efeitos imediatos", duas ações concretas que diz corporizar "o contributo possível" para ajudar a Ucrânia e os seus cidadãos.

 

A associação liderada por Ricardo Costa vai lançar uma plataforma de oferta de oportunidades de emprego em associados da AEMinho, mas que está acessível à comunidade empresarial em geral.

 

Nesta plataforma, "os empresários poderão colocar de forma simples e rápida as suas ofertas de emprego a remetermos para as entidades diplomáticas ucranianas para a receção, emprego, fixação e integração de refugiados que queiram vir para o nosso país e para a nossa região trabalhar e fixar as suas famílias".

 

Uma iniciativa a desenvolver "em articulação total" com as entidades diplomáticas ucranianas, com as empresas da região e com as entidades públicas locais de forma a garantir "um processo célere, estruturado e eficiente"

 

A AEMinho anunciou que irá também lançar "uma campanha de angariação de fundos para apoio à Ucrânia, em parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa, de forma a angariarmos os recursos em maior quantidade possível e através do nosso parceiro os fazer chegar rapidamente à Ucrânia para fazer face a todas as necessidades que possam surgir", explica.

 

Por fim, a AEMinho diz que quer "deixar claro que esta não é uma ação contra os cidadãos russos ou a sua sociedade civil, mas sim contra a minoria que governa aquele país e que está a tentar destruir a ordem mundial que alcançamos".

 

Até porque, defende a AEMinho, "este também é o tempo dos russos, enquanto cidadãos e civilização, se reorganizarem internamente, escolherem o caminho da paz e da cooperação, da unidade na diversidade e do respeito pelos valores que tantas vidas custaram à humanidade".

 

"A sociedade russa pode derrubar este poder desprovido de humanismo, de verdade e de valores. Está nas suas mãos enquanto sociedade trilhar esse caminho, sendo certo que o mundo civilizado e pacífico estará do lado desta sociedade para que possam dar à Rússia o caminho da esperança", remata a AEMinho.

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