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Passos Coelho: Eleição de Guterres é histórica para Portugal

O líder do PSD considerou hoje que a eleição de António Guterres no Conselho de Segurança para secretário-geral das Nações Unidas é histórica para Portugal, sublinhando o papel que o Governo e a diplomacia portuguesa desempenharam no processo.

4º Passos Coelho, 1022 notícias - Passou de chefe do Governo a líder da oposição, mas continuou no centro da actualidade. Em quarto lugar, Passos Coelho é o primeiro com mais de mil notícias no Negócios este ano.
05 de Outubro de 2016 às 22:36
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"É histórico para Portugal, é a primeira vez que um português terá este lugar tão relevante", afirmou o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém, no final da cerimónia de condecoração do ex-presidente do Tribunal de Contas Guilherme d'Oliveira Martins, do anterior presidente do Tribunal Constitucional Joaquim Sousa Ribeiro e do histórico dirigente socialista Manuel Alegre.

 

Sublinhando que se trata de um "resultado de júbilo" para o país, Passos Coelho disse querer "publicamente expressar as congratulações do PSD" ao Governo, "que teve relevância em todo o processo", bem como à diplomacia portuguesa, nomeadamente ao embaixador de Portugal em Nova Iorque, Mendonça e Moura, que esteve "na primeira linha de todo este trabalho da diplomacia portuguesa".

 

Passos Coelho reiterou ainda que António Guterres era "manifestamente o melhor candidato de todos os que se apresentaram", considerando que "irá encher Portugal de orgulho" nos próximos anos pela forma como irá liderar as Nações Unidas.

 

Questionado se o surgimento, a meio do processo eleitoral, da candidatura da comissária europeia para Orçamento e Recursos Humanos, Kristalina Georgieva, apoiada por Bulgária e Alemanha, poderá vir a fragilizar as relações entre Portugal, a comissão europeia e a Alemanha, o líder do PSD disse ter a certeza que não.

 

Passos Coelho, admitiu, contudo, que o facto de ter havido uma candidatura de última hora, ainda por cima de uma pessoa que era vice-presidente da comissão europeia, não foi "um processo nem bonito, nem que deva ficar como uma boa prática para futuro".

 

"Não creio que valha a pena agora ficar a olhar para trás para esse episódio que lamento profundamente que tenha acontecido. Mas, não creio que tenha importância suficiente para afectar as relações entre Portugal e os outros países", argumentou, considerando que, de certa forma, a votação de hoje acabou por ser penalizadora para a própria candidata. 

 

Quanto à possibilidade de Angela Merkel ter ficado "mal vista" nesta situação, Passos Coelho admitiu ter ficado surpreendido com o seu apoio de última hora a outra candidatura. "Registámos aquilo que se passou, mas ainda com mais satisfação o resultado que está em linha com o nosso desejo e portanto, se conseguimos aquilo que desejávamos, não vejo que hoje devamos estar a manifestar qualquer ressabiamento", sustentou.

 

Passos Coelho foi ainda questionado sobre o apoio do ex-eurodeputado do PSD Mário David a Kristalina Georgieva, mas desvalorizou a questão. "Isso não tem qualquer relevância sinceramente, o doutor Mário David não tem um lugar de representação do PSD que pudesse transformar-se em qualquer embaraço para posição pública do PSD", disse.

 

O Conselho de Segurança anunciou hoje que António Guterres é o "vencedor claro" da votação, recebendo 13 votos de encorajamento (em 15 votos), sem qualquer veto.

 

Este órgão, com poder de veto, deverá aprovar na quinta-feira uma votação a indicar o nome de António Guterres para a Assembleia-Geral das Nações Unidas, formalizando assim a eleição do sucessor de Ban Ki-moon.

 

Guterres vai liderar, a partir de Janeiro, uma casa que conhece bem, depois de ter chefiado o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), entre Junho de 2005 e Dezembro de 2015, uma organização com cerca de 10.000 funcionários em 125 países.

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