O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o recém-eleito Donald Trump falaram três vezes nos últimos dias para reforçar a aliança entre os dois países, de acordo com Netanyahu.

"Foram boas e muito importantes conversas. Temos a mesma visão sobre a ameaça iraniana em todas as suas componentes, e sobre o perigo que representa. Também vemos grandes oportunidades para Israel no que diz respeito à paz e à sua expansão, e noutros campos", disse o líder israelita em comunicado, citado pela Reuters.

Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel, empenhado numa ofensiva militar contra o Hamas e o Hezbollah, dois movimentos islamistas apoiados pelo Irão.

Qatar afasta-se da mediação entre Israel e Hamas

Ao mesmo tempo que EUA e Israel estreitam laços, não parece haver fim à vista para o conflito em Gaza. 

O Qatar suspendeu a mediação entre Israel e o Hamas, dizendo não acreditar que as duas partes estejam a negociar de boa fé. Doha estava a servir de intermediária para negociar uma entrega dos reféns israelitas e para acordar um cessar-fogo na região.

O Governo do Qatar informou os Estados Unidos e Israel que se iria afastar da mediação, dizendo que as conversações se tornaram uma espécie de futebol político. "Enquanto houver recusa em negociar um acordo em boa fé, não podem continuar a mediar", disse uma fonte diplomática, citada pelo jornal The Guardian.

Esta tomada de decisão junta-se a um rol de esforços falhados para travar o conflito em Gaza. O último cessar-fogo e libertação de reféns foi há quase um ano. Ainda assim, e perante a chegada de um novo Governo norte-americano, o Qatar diz-se disposto a retomar a negociação, caso as partes demonstrem "sincera vontade" de chegar a um acordo, disse a mesma fonte.