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Marcelo e Montenegro repudiam ataque a Trump
O ex-presidente norte-americano e candidato republicano às eleições de novembro foi alvo de um atentado durante um comício, tendo ficado ferido numa orelha.
Marcelo Rebelo de Sousa expressou "a sua mais viva condenação ao atentado ao ex-Presidente Donald Trump", que teve lugar este sábado à noite (23h15 de Lisbo) na Pensilvânia, durante um comício.
O atirador e uma outra pessoa morreram e duas pessoas ficaram feridas. Trump, que saiu do palco com o rosto ensanguentado e de punho erguido, não está com ferimentos graves.
"O Presidente apela a que se combata a violência política com toda a firmeza e em pleno respeito pelos valores democráticos", lê-se ainda na nota da Presidência.
Antes, Luís Montenegro escreveu na rede social X que condena "veementemente" o que aconteceu, "desejando-lhe pronto restabelecimento". O primeiro-ministro sublinha que "a violência política é completamente intolerável" e que "as democracias têm de a combater sistematicamente".
Já o ministro da Defesa, Nuno Melo, afirmou que "a tentativa de assassinato de Donald Trump, candidato em eleições livres, tem de merecer o repúdio e a condenação de todos os verdadeiros democratas".
Biden considera ataque "doentio"
Nos Estados Unidos, Joe Biden, primeiro num comunicado e depois ao vivo na Casa Branca, classificou este ataque como "doentio", defendendo que não deve haver lugar para este tipo de violência. "Não podemos permitir que isto esteja a acontecer. Não podemos ser assim".
Um pouco por todo o mundo, vários líderes globais condenaram o ataque, tendo reagido, nomeadamente, vários responsáveis da União Europeia e de Estados-membros.
"A violência política é absolutamente inaceitável numa democracia. Condeno veementemente o ataque ao antigo Presidente Donald Trump", escreveu o presidente do Conselho, Charles Michel, na mesma rede social.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, manifestou-se, por seu lado, "profundamente consternada" e desejou a Trump "uma rápida recuperação".
E a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse estar "emocionada com o horrível ataque" e defendeu que "a violência política é inaceitável e não pode ter lugar nas nossas sociedades". "Os meus pensamentos estão com ele e com as vítimas" do atentado, acrescentou Roberta Metsola.
Citado pela Associated Press, Emmanuel Macron, presidente francês, considerou que "é um drama para as nossas democracias" e que "França partilha a indignação do povo americano".
Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, escreveu que o ataque foi "desprezível" e que este tipo de violência é uma ameaça para a democracia.
Por sua vez, Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana, desejou em comunicado as melhoras rápidas ao ex-presidente norte-americano e que "nos próximos meses da campanha eleitoral o diálogo e a responsabilidade prevaleçam sobre o ódio e a violência".
Os recados de Moscovo
Do Kremlin, chegam palavras de condenação do atentado mas também recados.
"A Rússia sempre condenou e nós condenamos firmemente qualquer manifestação de violência na luta política", disse o porta-voz de Putin à imprensa russa, citado pela agência Lusa.
No entanto, Dmitri Peskov defendeu que o governo de Biden criou a atmosfera para este ataque, "com múltiplas tentativas de retirar a candidatura de Trump da corrida eleitoral", e que agora se tornou "evidente para todos que a sua vida corre perigo".
"O sistema político dos Estados Unidos tem mostrado ao mundo inteiro repetidos exemplos de violência dentro do país no quadro da luta política", acrescentou Peskov.
Na China, o Ministério dos Negócios Estrangeiros disse, em comunicado, estar preocupado com o ataque e indicou que o presidente Xi Jinping já manifestou "compaixão e simpatia" relativamente à situação de Trump.
E, entre muitas outras mensagens de líderes globais, o presidente brasileiro, Lula da Silva, escreveu na rede social X que o atentado "deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política", considerando o incidente como "inaceitável".
Atualizado às 12h51 com declarações do Kremlin