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Kremlin acusa administração Biden de criar ambiente que levou ao atentado sobre Trump

Moscovo sublinha "as múltiplas tentativas de retirar a candidatura de Trump da corrida eleitoral". O ex-presidente dos EUA escapou de uma tentativa de assassinato com ferimentos numa orelha.

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O Kremlin reagiu ao ataque sobre Donald Trump com palavras de repúdio mas também com alguns recados a Joe Biden.

"A Rússia sempre condenou e nós condenamos firmemente qualquer manifestação de violência na luta política", disse o porta-voz de Putin à imprensa russa, citado pela agência Lusa.

No entanto, Dmitri Peskov defendeu que o governo de Biden criou a atmosfera para este ataque, "com múltiplas tentativas de retirar a candidatura de Trump da corrida eleitoral", e que agora se tornou "evidente para todos que a sua vida corre perigo".

Peskov clarificou, no entanto, que a Rússia "não pensa que a tentativa de eliminação do candidato presidencial Trump foi organizada pelas autoridades".

"O sistema político dos Estados Unidos tem mostrado ao mundo inteiro repetidos exemplos de violência dentro do país no quadro da luta política", acrescentou Peskov.

Donald Trump foi atingido a tiro nesta noite de sábado, enquanto discursava num comício na Pensilvânia, mas sobreviveu com um ferimento numa orelha e não está em condição grave.

Além do atirador, de 20 anos, morreu também uma outra pessoa que estava no comício do ex-presidente norte-americano e candidato às eleições de novembro.

Marcelo e Governo condenam ataque

De Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa expressou "a sua mais viva condenação ao atentado". Numa nota publicada no site da Presidência da República, o chefe de Estado português enviou ainda "condolências à família da vítima mortal", desejando "rápidas melhoras a todos os afetados".

"O Presidente apela a que se combata a violência política com toda a firmeza e em pleno respeito pelos valores democráticos", lê-se ainda na nota da Presidência.

Antes, Luís Montenegro escreveu na rede social X que condena "veementemente" o que aconteceu, "desejando-lhe pronto restabelecimento". O primeiro-ministro sublinha que "a violência política é completamente intolerável" e que "as democracias têm de a combater sistematicamente".

Já o ministro da Defesa, Nuno Melo, afirmou que "a tentativa de assassinato de Donald Trump, candidato em eleições livres, tem de merecer o repúdio e a condenação de todos os verdadeiros democratas".

Reações de todo o mundo

Nos Estados Unidos, Joe Biden, primeiro num comunicado e depois ao vivo na Casa Branca, classificou este ataque como "doentio", defendendo que não deve haver lugar para este tipo de violência. "Não podemos permitir que isto esteja a acontecer. Não podemos ser assim".

Um pouco por todo o mundo, vários líderes globais condenaram o ataque, tendo reagido, nomeadamente, vários responsáveis da União Europeia e de Estados-membros.

"A violência política é absolutamente inaceitável numa democracia. Condeno veementemente o ataque ao antigo Presidente Donald Trump", escreveu o presidente do Conselho, Charles Michel, na mesma rede social.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, manifestou-se, por seu lado, "profundamente consternada" e desejou a Trump "uma rápida recuperação".

E a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse estar "emocionada com o horrível ataque" e defendeu que "a violência política é inaceitável e não pode ter lugar nas nossas sociedades". "Os meus pensamentos estão com ele e com as vítimas" do atentado, acrescentou Roberta Metsola.

Citado pela Associated Press, Emmanuel Macron, presidente francês, considerou que "é um drama para as nossas democracias" e que "França partilha a indignação do povo americano".

Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, escreveu que o ataque foi "desprezível" e que este tipo de violência é uma ameaça para a democracia.

Por sua vez, Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana, desejou em comunicado as melhoras rápidas ao ex-presidente norte-americano e que "nos próximos meses da campanha eleitoral o diálogo e a responsabilidade prevaleçam sobre o ódio e a violência".

Na China, o Ministério dos Negócios Estrangeiros disse, em comunicado, estar preocupado com o ataque e indicou que o presidente Xi Jinping já manifestou "compaixão e simpatia" relativamente à situação de Trump.

E, entre muitas outras mensagens de líderes globais, o presidente brasileiro, Lula da Silva, escreveu na rede social X que o atentado "deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política", considerando o incidente como "inaceitável".
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