Notícia
FMI diz que países pobres devem "fazer a sua parte" para receber apoio económico
Países mais pobres "devem cobrar impostos, combater a corrupção, melhorar a qualidade dos seus gastos e demonstrar que estão comprometidos com o seu próprio povo", defende Kristalina Georgieva.
28 de Abril de 2024 às 10:09
A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou este domingo que os países pobres devem "fazer a sua parte" para receber o apoio económico das nações ricas, especialmente em matéria de reestruturação das dívidas e das suas necessidades financeiras.
"Os países pobres também devem fazer a sua parte. Devem cobrar impostos, combater a corrupção, melhorar a qualidade dos seus gastos e demonstrar que estão comprometidos com o seu próprio povo", declarou Kristalina Georgieva durante um painel da reunião especial do Fórum Económico Mundial, que começou hoje em Riade, na Arábia Saudita.
A diretora do FMI garantiu que, se estas condições forem satisfeitas, os países ricos deverão responder com "uma grande quantidade de ajuda internacional para a reestruturação da dívida" desses país e para outros tipos de apoios.
"É hora de reconhecer que estamos juntos neste pequeno navio chamado mundo e que os países ricos não podem dizer aos países pobres: 'o seu lado do navio tem fugas'. Todos nós afundaríamos", disse a economista.
Da mesma forma, lembrou que as economias mundiais têm sido "resilientes" apesar dos choques dos últimos anos e lembrou que o FMI melhorou a projeção de crescimento global para 3,2% em 2024, principalmente devido ao bom desempenho económico de "um pequeno número de países", como os Estados Unidos ou a China.
Por isso, a responsável do FMI estabeleceu que as prioridades "imediatas" dos países deveriam ser reduzir a inflação, reconstruir as suas reservas fiscais para enfrentar os choques externos e encontrar "maneiras de cooperar mais, porque a fragmentação da economia é certamente má para as perspetivas de crescimento".
Já o ministro das Finanças da Arábia Saudita, Mohammed al-Jadaan, alertou no mesmo painel que os desafios geopolíticos que o mundo enfrenta, como a guerra na Faixa de Gaza, são alguns dos riscos mais importantes para a economia mundial.
"As tensões geopolíticas trazem consigo coisas que impactam diretamente as economias, como a fragmentação, o protecionismo ou o uso da economia como ferramenta para alcançar objetivos geopolíticos em termos de limitações ao comércio ou à tecnologia", declarou o ministro saudita.
Diante disso, recomendou que os países se concentrem no desenvolvimento do seu capital humano, na inovação e tecnologia, e na sustentabilidade da dívida, para estarem mais preparados para este tipo de desafios.
Relativamente à guerra em Gaza, o ministro indicou que os conflitos geram um grande impacto nas "emoções e nos ânimos", algo que afeta diretamente a economia, razão pela qual pediu aos líderes mundiais que mantenham a "cabeça fria" e façam o que for possível para impedir a escalada da violência na região.
"Os países pobres também devem fazer a sua parte. Devem cobrar impostos, combater a corrupção, melhorar a qualidade dos seus gastos e demonstrar que estão comprometidos com o seu próprio povo", declarou Kristalina Georgieva durante um painel da reunião especial do Fórum Económico Mundial, que começou hoje em Riade, na Arábia Saudita.
"É hora de reconhecer que estamos juntos neste pequeno navio chamado mundo e que os países ricos não podem dizer aos países pobres: 'o seu lado do navio tem fugas'. Todos nós afundaríamos", disse a economista.
Da mesma forma, lembrou que as economias mundiais têm sido "resilientes" apesar dos choques dos últimos anos e lembrou que o FMI melhorou a projeção de crescimento global para 3,2% em 2024, principalmente devido ao bom desempenho económico de "um pequeno número de países", como os Estados Unidos ou a China.
Por isso, a responsável do FMI estabeleceu que as prioridades "imediatas" dos países deveriam ser reduzir a inflação, reconstruir as suas reservas fiscais para enfrentar os choques externos e encontrar "maneiras de cooperar mais, porque a fragmentação da economia é certamente má para as perspetivas de crescimento".
Já o ministro das Finanças da Arábia Saudita, Mohammed al-Jadaan, alertou no mesmo painel que os desafios geopolíticos que o mundo enfrenta, como a guerra na Faixa de Gaza, são alguns dos riscos mais importantes para a economia mundial.
"As tensões geopolíticas trazem consigo coisas que impactam diretamente as economias, como a fragmentação, o protecionismo ou o uso da economia como ferramenta para alcançar objetivos geopolíticos em termos de limitações ao comércio ou à tecnologia", declarou o ministro saudita.
Diante disso, recomendou que os países se concentrem no desenvolvimento do seu capital humano, na inovação e tecnologia, e na sustentabilidade da dívida, para estarem mais preparados para este tipo de desafios.
Relativamente à guerra em Gaza, o ministro indicou que os conflitos geram um grande impacto nas "emoções e nos ânimos", algo que afeta diretamente a economia, razão pela qual pediu aos líderes mundiais que mantenham a "cabeça fria" e façam o que for possível para impedir a escalada da violência na região.