Notícia
FMI alerta países emergentes mais endividados para riscos da subida dos juros
Kristalina Georgieva considera que é altura de os países em crescimento endividados pedirem para estender maturidades da dívida. Medida tem como objetivo evitar a pressão acrescida provocada pela subida das taxas de juro nos Estados Unidos.
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, sugeriu na sexta-feira aos países emergentes com níveis de dívida mais elevados para que procurem estender maturidades. A economista búlgara considera que é altura de esses países "agirem agora" para evitar comprometer a retoma em economias mais frágeis.
O alerta surge numa altura em que se antevê uma subida mais rápida das taxas de juro nos Estados Unidos, para conter o aumento da inflação, que atingiu em dezembro o valor mais elevado em 40 anos (7%) nos Estados Unidos. Com a subida das taxas de juro, o custo de financiamento no mercado irá aumentar, o que poderá penalizar ainda mais esses países.
"A nossa mensagem para os países com elevados níveis de dívida, denominada em dólar, é 'agir agora'", referiu Kristalina Georgieva, na reunião virtual "A Agenda de Davos" 2022, onde foram discutidas as perspetivas económicas globais, bem como os desafios futuros e as soluções possíveis. "Se puderem estender as maturidades da dívida, por favor, faça isso".
Kristalina Georgieva considera que a subida das taxas de juro vai prejudicar a recuperação de "65% das economias com stress de dívida ou que estejam à beira dele". Alertou ainda que, embora o FMI anteveja que a recuperação económica se vai manter em 2022, essa retoma poderá ser mais "fraca" do que o inicialmente previsto.
Com o aumento do número de casos de covid-19 e as pressões inflacionárias a aumentarem, o FMI estima que a dívida mundial tenha atingido um novo recorde em dezembro: 226 biliões de dólares.
O FMI deverá atualizar o World Economic Outlook na próxima semana e é esperado que a organização liderada por Kristalina Georgieva venha a rever em baixa as previsões de crescimento mundial. Na última atualização, em outubro, o FMI previu um crescimento mundial de 4,9% para este ano e reduziu a previsão para 2021 para 5,9%.
O alerta surge numa altura em que se antevê uma subida mais rápida das taxas de juro nos Estados Unidos, para conter o aumento da inflação, que atingiu em dezembro o valor mais elevado em 40 anos (7%) nos Estados Unidos. Com a subida das taxas de juro, o custo de financiamento no mercado irá aumentar, o que poderá penalizar ainda mais esses países.
Kristalina Georgieva considera que a subida das taxas de juro vai prejudicar a recuperação de "65% das economias com stress de dívida ou que estejam à beira dele". Alertou ainda que, embora o FMI anteveja que a recuperação económica se vai manter em 2022, essa retoma poderá ser mais "fraca" do que o inicialmente previsto.
Com o aumento do número de casos de covid-19 e as pressões inflacionárias a aumentarem, o FMI estima que a dívida mundial tenha atingido um novo recorde em dezembro: 226 biliões de dólares.
O FMI deverá atualizar o World Economic Outlook na próxima semana e é esperado que a organização liderada por Kristalina Georgieva venha a rever em baixa as previsões de crescimento mundial. Na última atualização, em outubro, o FMI previu um crescimento mundial de 4,9% para este ano e reduziu a previsão para 2021 para 5,9%.